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    COP26 deveria ser direcionada para as crianças, diz diretora-executiva da Unicef

    Agência da ONU diz que 1 bilhão de crianças correm um risco extremamente alto de sofrer com os impactos do clima

    Douglas Portoda CNN , em São Paulo

    A 26ª Conferência das Nações Unidas para a Mudança do Clima (COP26) deveria ser a COP das crianças. É o que diz a diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Henrietta Fore em mensagem aos líderes mundiais que estão reunidos em Glasgow, na Escócia.

    Fore lembra que 1 bilhão de crianças correm um risco extremamente alto de sofrer com os impactos do clima, pois habitam as 33 nações que são mais ameaçadas pelas mudanças. Ela afirma que os chefes de Estado “tem uma oportunidade importante e urgente de reconduzir o terrível caminho em que nos encontramos”, pedindo uma redução significativa e rápida das emissões de gases do efeito estufa.

    Segundo a Unicef, praticamente todas as crianças estão expostas a pelo menos um risco ambiental, como a poluição do ar, ondas de calor, ciclones, enchentes e falta de água. Pelo menos 850 milhões de crianças habitam áreas em que ao menos quatro ondas de choques climáticos se sobrepõe.

    O Índice de Risco Climático das Crianças divulgado pela Unicef em agosto deste ano revelou que:

    • 240 milhões de crianças e adolescentes estão altamente expostos a inundações costeiras;
    • 330 milhões de crianças e adolescentes estão altamente expostos a inundações ribeirinhas;
    • 400 milhões de crianças e adolescentes estão altamente expostos a ciclones;
    • 600 milhões de crianças e adolescentes estão altamente expostos a doenças transmitidas por vetores;
    • 815 milhões de crianças e adolescentes estão altamente expostos à poluição por chumbo;
    • 820 milhões de crianças e adolescentes estão altamente expostos a ondas de calor;
    • 920 milhões de crianças e adolescentes estão altamente expostos à escassez de água;
    • 1 bilhão de crianças e adolescentes estão altamente expostos a níveis extremamente altos de poluição do ar[1].

    O estudo ainda detalha que os jovens que habitam a República Centro-Africana, Chade, Nigéria, Guiné e Guiné-Bissau são os mais expostos aos efeitos climáticos. De acordo com a agência da ONU, para resolver o problema são necessários o aprimoramento dos serviços essenciais e o investimento na redução de riscos.

    A Unicef faz um apelo para que os países desenvolvidos cumpram a promessa de repassarem US$ 100 bilhões (R$ 568 bilhões, na atual cotação) anualmente para ajudarem nas questões climáticas. Ainda alerta que sem fontes de investimento para adaptação climática e melhora dos serviços, 4,2 bilhões de crianças que nascerão nos próximos 30 anos correrão maiores riscos de sobrevivência e bem-estar.

     

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