Convocar China para negociações de paz é “urgente e relevante”, diz professora
À CNN Rádio, Sabrina Medeiros defendeu que o país asiático tem condições de propor solução de meio-termo para a guerra na Ucrânia


À medida que as rodadas de negociação para o fim da guerra na Ucrânia acontecem, há a expectativa para que haja um mediador que consiga chegar a um avanço considerável entre russos e ucranianos – algo que não aconteceu até o momento.
Para a professora de Relações Internacionais da Universidade Lusófona de Lisboa, Sabrina Medeiros, a China pode ser este “player” que falta até aqui. “Embora a China tenha uma posição ambígua ao se colocar como abstinente no processo da ONU, ela condenou a invasão russa na Crimeia e talvez tenha mais condições de neutralidade e de propor solução de meio-termo”, disse.
De acordo com a especialista, “o chamamento da China é urgente e relevante” para as negociações de paz.
Enquanto isso, Sabrina Medeiros avalia que houve avanços nas últimas rodadas, que aconteceram em Istambul, na Turquia: “Temos sinalização positiva da possibilidade de cumprimento efetivo em relação à proteção e garantia de corredores humanitários, há grande chance desse nível ser atingido.”
Mesmo assim, ela admite que, objetivamente, “não é possível confiar em nenhuma das partes, é uma negociação com grande grau de hostilidade e elementos de estratégias militares ocultas”.