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    Controle de tráfego aéreo europeu diz que ataque de hackers pró-Rússia não afeta voos

    Associação Internacional de Transporte Aéreo também disse que o tráfego está operando normalmente

    Julia HorowitzCatherine Nichollsda CNN

    A autoridade de controle de tráfego aéreo da Europa disse estar lutando, desde quarta-feira (19), contra um ataque em andamento reivindicado por hackers pró-Rússia.

    De acordo com a Organização Europeia para a Segurança da Navegação Aérea (Eurocontrol), não houve impacto nos voos, embora o acesso ao site tenha sido afetado.

    “O ataque está causando interrupções no site e na disponibilidade da web”, disse um porta-voz da Eurocontrol em um comunicado. “Não houve impacto na aviação europeia”.

    A Associação Internacional de Transporte Aéreo também disse que o tráfego aéreo estava operando normalmente.

    “Não houve inconveniência para o tráfego aéreo comercial, nenhuma interrupção e nenhum atraso por causa do ataque cibernético”, disse o grupo.

    A Eurocontrol é uma organização intergovernamental que ajuda a administrar o espaço aéreo da Europa e garantir o bom funcionamento dos voos todos os dias, compartilhando informações entre atores comerciais e militares.

    O grupo tem 41 estados membros, incluindo países de fora da União Europeia, como Reino Unido e Israel. A sede da organização fica em Bruxelas.

    Guerra Cibernética

    Hackers pró-Rússia assumiram a responsabilidade por uma série de ataques cibernéticos a instituições na Europa desde que Moscou início a invasão na Ucrânia, em fevereiro de 2022.

    Os países europeus forneceram assistência militar à Ucrânia e impuseram uma série de sanções à Rússia, com o objetivo de prejudicar a capacidade de fazer guerra.

    No ano passado, por exemplo, o Ministério da Defesa da Lituânia disse que um ataque cibernético prolongado atingiu sites de agências governamentais e empresas privadas no país.

    Um grupo de hackers, conhecido como Killnet, assumiu a responsabilidade por pelo menos alguns dos ataques, dizendo que atuavam em retaliação à Lituânia, bloqueando o envio de algumas mercadorias para o enclave russo de Kaliningrado, localizado entre a Lituânia e a Polônia.

    O Centro de Cibersegurança da Dinamarca elevou o nível de ameaça para o país em março, observando “alta atividade de grupos de hackers ativistas pró-Rússia contra países da Otan.

    “É provável que os grupos pró-Rússia continuem motivados a perseguir alvos na Dinamarca e no Ocidente, enquanto durar a atual crise entre a Rússia e o Ocidente”, disse o centro em um comunicado.

    Ataques distribuídos de negação de serviço, ou DDoS – que inundam sites com tráfego falso para derrubá-los – têm sido uma ferramenta comum, de acordo com a autoridade dinamarquesa.

    Embora os ataques chamem a atenção, eles “não deixam consequências destrutivas permanentes para os sistemas das vítimas”, afirmou.

    Acredita-se que algumas campanhas de hackers direcionadas a entidades europeias tenham laços com os militares da Rússia.

    A Microsoft disse a clientes que hackers russos ligados a militares tinham como alvo as redes de organizações militares, energéticas e de transporte europeias, em uma aparente campanha de espionagem que passou despercebida por meses.

    Em um relatório separado publicado no mês passado, a empresa disse que seus analistas detectaram “atividades de ameaças” cibernéticas russas contra organizações, incluindo governos, em pelo menos 17 países europeus entre janeiro e meados de fevereiro.

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