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    Conselho de Segurança da ONU aprova envio de forças internacionais ao Haiti

    Decisão ocorre após repetidos apelos do primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, por assistência militar para combater a violência de gangues no país

    Richard RothCaitlin HuAlex Marquardtda CNN

    O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou o envio de forças armadas internacionais para o Haiti. A nação caribenha luta contra a violência desenfreada de gangues e a paralisia política.

    A decisão ocorre após repetidos apelos do primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, por assistência militar. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e os Estados Unidos também pediram veementemente que a comunidade internacional apoiasse a missão.

    Treze membros do conselho votaram a favor da resolução, com a abstenção da Rússia e da China.

    Embora aprovada pelo poderoso Conselho de Segurança da ONU, a força não estaria formalmente sob o controle da ONU. Ela deve ser liderada pelo Quênia, que prometeu contribuir com 1.000 polícias para liderar a missão.

    Vários vizinhos caribenhos do Haiti – Antígua e Barbuda, Bahamas e Jamaica – também ofereceram apoio à missão.

    Gangues em guerra controlam grande parte de Porto Príncipe, capital e principal porto do Haiti, bloqueando linhas de abastecimento vitais para o resto do país.

    Os membros de gangues também aterrorizam a população metropolitana, forçando cerca de 200 mil pessoas a fugir de suas casas em meio a ondas de assassinatos indiscriminados, sequestros, incêndios criminosos e estupros.

    Na Assembleia-Geral das Nações Unidas em Nova York, no dia 22 de setembro, o primeiro-ministro do Haiti disse aos outros países que era “urgente” que o Conselho de Segurança aprovasse uma missão militar para restabelecer a ordem no Haiti.

    A violência contribuiu com uma instabilidade mais ampla em todo o país, disse Henry, observando que a inflação ultrapassou os 50%, deixando 4,9 milhões de haitianos com dificuldades para comer – um novo recorde para o país.

    Numa declaração no mesmo dia, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, pediu à comunidade internacional para apoiar o plano e fornecer assistência, incluindo pessoal.

    Os próprios EUA estão prontos para fornecer “robusta assistência financeira e logística”, disse Blinken, acrescentando que o governo Biden pretende trabalhar com o Congresso dos EUA para oferecer US$ 100 milhões para o empreendimento.

    Espera-se que a missão fortaleça a segurança local e reforce a Polícia Nacional do Haiti na sua perseguição às gangues. As forças de segurança do Haiti já contam com apoio internacional, mas continuam com falta de pessoal e de armas.

    Os críticos da missão destacam os escândalos associados a missões anteriores de manutenção da paz da ONU no Haiti, incluindo alegações de abuso sexual e a introdução de uma epidemia mortal de cólera, que matou quase 10 mil pessoas.

    Alguns haitianos também questionam o mandato do primeiro-ministro Henry, que assumiu a liderança do país após o assassinato do presidente Jovenel Moise em 2021.

    Henry disse que as tão esperadas eleições no Haiti não podem ser realizadas até que o país atinja um nível básico de segurança.

    Análise: O Brasil na presidência do Conselho de Segurança da ONU

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