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    Conheça os 10 países não-insulares que menos emitem CO2 no mundo

    Menores emissões evidenciam debates sobre desigualdade que tomam a COP26

    Giovanna Galvanida CNN

    em São Paulo

    Na seara das negociações da COP26 sobre a redução de emissões de gases poluentes por parte das grandes potências globais, o contraste entre esses países e as nações que estão no pé da lista de menores emissores do mundo é grande.

    A maior parte das nações mais limpas do mundo são ilhas localizadas na Oceania, país que reúne grande quantidade de pequenas nações do tipo.

    Desconsiderando as ilhas, a maior parte dos países que emitem menos CO2 são encontradas na África, de acordo com o levantamento da Global Carbon Atlas com dados atualizados até 2020. No entanto, a nação com menos emissões entre elas está na Europa.

    Esses países definitivamente não são apontados como causadores dos problema das mudanças climáticas, mas alguns deles podem, segundo os planos mais ambiciosos da cúpula, se beneficiar de compensações financeiras dadas pelos maiores poluidores históricos.

    Na África, alguns têm históricos conhecidos devido a conflitos humanitários e políticos de grandes proporções, como a Somália e a República Central da África. Por outro lado, também há nações africanas com papéis portuários relevantes em suas regiões, como Djibouti e a Eritreia.

    De acordo com o levantamento, há apenas um país americano entre os dez menos poluentes do mundo: o Belize, nação da América Central que, por ser banhada pelas águas caribenhas, também possui forte atrativo turístico.

    O título de menor poluente entre os países não-insulares, por sua vez, está com Liechtenstein, considerado um “microestado” fronteiriço entre a Áustria e a Suíça. O país é controlado por um dos príncipes mais ricos do mundo, Hans-Adam II, que também controla um banco na pequena nação de 37 mil pessoas.

    Emissões dos menores emissões de CO2 (anual)

    10. Eritreia: 0,7 megatonelada de CO2

    9. Burundi: 0,6 megatonelada de CO2

    8. Belize: 0,6 megatonelada de CO2

    7. Somália: 0,6 megatonelada de CO2

    6. Gâmbia: 0,5 megatonelada de CO2

    5. Andorra: 0,5 megatonelada de CO2

    4. Djibouti: 0,4 megatonelada de CO2

    3. Guiné-Bissau: 0,3 megatonelada de CO2

    2. República Central da África: 0,2 megatonelada de CO2

    1. Liechtenstein: 0,1 megatonelada de CO2

    ONU alerta para falta de financiamento para adaptações climáticas

    Além de se comprometerem a limitar o aquecimento global, no Acordo de Paris de 2015, os governos dos países ricos reafirmaram seu compromisso de contribuir com US$ 100 bilhões por ano para as nações mais pobres para que possam declinar do uso de combustíveis fósseis e se adaptar aos desastres causados pelas mudanças climáticas.

    Isto porque as nações em desenvolvimento, especialmente as do sul global, têm maior probabilidade de sofrer os piores efeitos da crise climática, apesar de contribuírem pouco para as emissões globais de gases de efeito estufa.

    Porém, a distância entre os impactos da crise climática e os esforços mundiais para a adaptação está aumentando, de acordo com um novo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

    O relatório anual sobre o “gap de adaptação”, divulgado na quinta-feira (04) à margem da cúpula da COP26 sobre mudanças climáticas em Glasgow, constatou que os custos estimados de adaptação aos piores efeitos do aumento das temperaturas em países de baixa renda – como secas, inundações e elevação do nível do mar – são cinco a dez vezes a quantidade de dinheiro que circula atualmente nessas regiões.

    Até o fim da COP26, o debate sobre a consolidação do fundo deve continuar como um dos principais da cúpula do clima. Acompanhe as últimas notícias da COP26 na CNN.

    *Com informações da CNN