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    Conflito na Síria: Chefe da ONU pede fim de “derramamento de sangue”

    António Guterres ressaltou que "dezenas de milhares de civis estão em risco em uma região que já está em chamas"

    Da Reuters

    O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu o fim do “derramamento de sangue” na Síria nesta quinta-feira (5). Ele destacou que é necessário “acesso humanitário” imediato a todos os civis necessitados na Síria e retornar a um processo político facilitado pelas Nações Unidas.

    Guterres pediu a “todos aqueles com influência que façam sua parte pelo povo sofredor” da Síria e disse que todas as partes envolvidas no conflito são obrigadas a proteger os civis.

    “Dezenas de milhares de civis estão em risco em uma região que já está em chamas”, pontuou o secretário-geral a repórteres.

    “Estamos vendo os frutos amargos de uma falha coletiva crônica de acordos anteriores de desescalada para produzir um cessar-fogo nacional genuíno ou um processo político sério para implementar as resoluções do Conselho de Segurança”, ressaltou.

    Rebeldes sírios capturaram a cidade de Hama nesta quinta, uma grande vitória em um avanço relâmpago pelo norte da Síria e um novo golpe para o presidente Bashar al-Assad e seus aliados russos e iranianos.

    Entenda o conflito na Síria

    A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

    O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

    Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

    Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.

    A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

    Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.

    Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região. 

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