Comitê de 6 de janeiro intima advogado da Casa Branca de Trump para testemunhar
Pat Cipollone se recusou a falar anteriormente; comissão investiga invasão ao Capitólio dos EUA


O comitê seleto da Câmara que investiga o ataque ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021 emitiu uma intimação para obrigar o testemunho de Pat Cipollone, conselheiro da Casa Branca do ex-presidente Donald Trump.
Cipollone, que muitos ex-funcionários do governo creditam por ajudar a impedir que Trump tome ações legalmente questionáveis nos meses em torno das eleições presidenciais de 2020, há muito é considerado uma testemunha-chave pelo comitê. Ele resistiu a falar mais com o comitê depois de se sentar anteriormente para uma entrevista a portas fechadas em 13 de abril.
O comitê disse em sua carta de intimação que obteve evidências de que Cipollone está “exclusivamente posicionado para testemunhar”, mas ele “recusou-se a cooperar” após a entrevista, deixando o painel “sem escolha” a não ser emitir a intimação. Durante recentes audiências públicas, membros do painel pressionaram Cipollone publicamente a testemunhar.
O comitê agora está dando um passo para emitir uma intimação em um esforço para forçar sua cooperação formal.
O deputado democrata do Mississippi Bennie Thompson, presidente do painel, e a deputada republicana do Wyoming Liz Cheney, vice-presidente do painel, disseram que “a investigação do Comitê Seleto revelou evidências de que Cipollone levantou repetidamente preocupações legais e outras sobre as atividades do presidente Trump em 6 de janeiro e nos dias que o precederam”.
“Embora o Comitê Seleto aprecie o envolvimento informal anterior do Sr. Cipollone com nossa investigação, o comitê precisa ouvi-lo oficialmente, como outros ex-conselheiros da Casa Branca fizeram em outras investigações do Congresso”, continuou a dupla. “Quaisquer preocupações que o sr. Cipollone tenha sobre as prerrogativas institucionais do cargo que ocupou anteriormente são claramente superadas pela necessidade de seu testemunho.”
Testemunhas que depuseram perante o painel mencionaram repetidamente Cipollone como alguém que pode esclarecer os principais eventos dentro da Casa Branca de Trump antes e depois de 6 de janeiro de 2021.
Pouco tempo depois que os manifestantes invadiram o Capitólio dos EUA, Cipollone correu para o escritório do então chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, exigindo uma reunião com Trump, disse a assessora de Meadows Cassidy Hutchinson ao comitê de 6 de janeiro nesta semana.
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Manifestantes invadem o Capitólio, sede do Congresso dos EUA • Foto: Stephanie Keith/Reuters
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Jacob Chansley, o chamado “QAnon Shaman”, foi condenado a 41 meses de prisão • Foto: CNN / Reprodução
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Apoiadores de Donald Trump protestam em frente ao capitólio • Foto: REUTERS/Mike Theiler
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Manifestantes pró-Trump invadem Capitólio • Foto: Leah Millis/Reuters
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Ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021 • Shannon Stapleton/Reuters
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Apoiadores de Trump invadem o Capitólio • Foto: Reuters
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Apoiadores de Trump invadiram o Capitólio • Foto: Reprodução/CNN
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Apoiadores se manifestam contra certificação da vitória de Joe Biden no Capitólio, Washington D.C. • Foto: REUTERS/Stephanie Keith
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Policiais em frente ao prédio do Capitólio, nos Estados Unidos • Win McNamee/Getty Images
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Ataque ao Capitólio dos EUA por apoiadores pró-Trump em 6 de janeiro • 06/01/2021REUTERS/Leah Millis
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Partidários de Trump invadem o Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021 em um esforço para interromper a ratificação da vitória do presidente Joe Biden nas eleições de 2020 • Getty Images
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Jacob Anthony Chansley durante invasão ao Capitólio
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Capitólio dos EUA em Washington • 6/12/2021 REUTERS/Elizabeth Frantz
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Manifestantes pró-Trump invadiram o Capitólio em 6 de dezembro de 2021 para impedir a confirmação da eleição de Joe Biden no Congresso • Evelyn Hockstein/For The Washington Post via Getty Images
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Gás de efeito moral foi usado para tentar conter os manifestantes • Evelyn Hockstein/For The Washington Post via Getty Images
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Policiais foram feridos nas tentativas de barrar a invasão • Michael Robinson Chavez/The Washington Post via Getty Images
“Lembro-me de Pat dizendo a ele algo como ‘os manifestantes chegaram ao Capitólio. Precisamos descer e ver o presidente agora'”, disse Hutchinson em uma entrevista gravada em vídeo.
“E Mark olhou para ele e disse: ‘Ele não quer fazer nada, Pat'”, disse ela.
Cipollone, acrescentou Hutchinson, enfatizou a Meadows a necessidade de ação para controlar a situação de Meadows. Ela disse que Cipollone “disse isso muito claramente a Mark —algo no sentido de ‘Mark, algo precisa ser feito ou as pessoas vão morrer e o sangue vai cair nas suas mãos. Isso está saindo de controle. Estou indo para lá.'”
Meadows então entregou seus telefones a Hutchinson e saiu de seu escritório com Cipollone, disse Hutchinson ao comitê.
Cheney twittou na quarta-feira antes da intimação ser anunciada que “como ouvimos ontem, o advogado da WH [White House/Casa Branca], Pat Cipollone, tinha preocupações significativas sobre as atividades de Trump em 6 de janeiro. É hora de Cipollone testemunhar oficialmente. Qualquer preocupação que ele tenha sobre os interesses institucionais de seu cargo anterior são superados pela necessidade de seu testemunho.”