Comissão de Direitos Humanos condena prisão de ex-embaixador da Nicarágua
Edgard Parrales, crítico do presidente Daniel Ortega reeleito pela quarta vez consecutiva este ano, foi detido após falar sobre saída do país da OEA
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), por meio do Mecanismo Especial de Acompanhamento da Nicarágua (Meseni), condenou na segunda-feira (22) a prisão do ex-embaixador da Nicarágua na Organização dos Estados Americanos (OEA) e analista político Edgard Parrales “após dar entrevistas à mídia sobre a saída do país da OEA”, escreveu a entidade nas redes sociais.
O Ministério das Relações Exteriores da Nicarágua anunciou na sexta-feira passada a “retirada definitiva” da OEA, em face do que o governo considera ações intervencionistas da organização, que declarou ilegítima as eleições de 7 de novembro, em que o presidente Daniel Ortega conseguiu seu quarto mandato consecutivo com 75,87% dos votos, segundo o Conselho Supremo Eleitoral.
Por sua vez, a presidente do Centro de Direitos Humanos da Nicarágua (Cenidh), Vilma Núñez de Escorcia, compartilhou em suas redes sociais um áudio em que denuncia a prisão do analista político Parrales por duas pessoas vestidas de civis.
A Polícia Nacional não reagiu a esta reclamação. A CNN contatou o escritório de relações públicas, mas ainda não recebeu uma resposta.
Em uma segunda mensagem publicada na tarde de segunda-feira (22), o presidente do Cenidh expressou a preocupação dos familiares sobre a possível deterioração da saúde de Parrales, que deve seguir uma dieta alimentar e um tratamento especial.
“Sua vida corre perigo se você não comer o que deveria e tomar seus remédios”, alertou Núñez.
(*Esse texto foi traduzido. Clique aqui para ler original em espanhol)