Comissão anuncia temas que serão abordados no debate final entre Trump e Biden
CNN transmitirá, na próxima quinta-feira (22), o último encontro entre os dois candidatos antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos
A Comissão de Debates Presidenciais anunciou, na sexta-feira (16), os seis tópicos do segundo e último debate presidencial das eleições americanas, entre o atual presidente Donald Trump e o candidato democrata Joe Biden, programado para ocorrer na próxima quinta-feira (22).
A CNN Brasil e a CNN americana irão transmitir simultaneamente o evento.
Os tópicos erãoo: “Enfrentando a Covid-19”, “Famílias americanas”, “Raças nos Estados Unidos”, “Mudanças Climáticas”, “Segurança Nacional” e “Liderança”.
O debate final entre Trump e Biden está agendado para 22 de outubro, das 22h (horário de Brasília) até 23h30.
O formato é o mesmo do primeiro debate: cada segmento durará cerca de 15 minutos, e os candidatos terão dois minutos para responder após a moderadora, Kristen Welker, da NBC, fazer a pergunta inicial. Welker, então, buscará propiciar uma discussão mais aprofundada sobre o tópico de cada bloco.
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Caos no primeiro debate
No anúncio, a comissão não divulgou nenhuma mudança nas regras para o encontro final entre os presidenciáveis, algo que afirmou que faria após diversos momentos caóticos no primeiro debate, sobretudo com o presidente Donald Trump desrespeitando as regras e interrompendo repetidamente o ex-vice-presidente Joe Biden.
No dia seguinte ao primeiro debate, a comissão reconheceu que o evento teve problemas e disse que examinaria mudanças nas regras a fim de “garantir uma discussão mais ordeira”.
“A Comissão de Debates Presidenciais patrocina debates na televisão para o benefício do eleitorado americano. O debate da noite passada deixou claro que uma estrutura adicional deve ser definida ao formato dos debates restantes para garantir uma discussão mais ordenada das questões”, disse a comissão em uma declaração no dia 30 de setembro.
A comissão não especificou quais mudanças eram planejadas, mas a declaração na época dizia que pretendia “garantir que ferramentas adicionais para manter a ordem estivessem disponíveis para os debates restantes” e que essas seriam anunciados “em breve”.
O caos do primeiro debate, marcado por frequentes conversas cruzadas incoerentes, foi amplamente criticado. Trump frequentemente interrompia e importunava Biden, ignorando os repetidos apelos do moderador, Chris Wallace, da Fox News, para que Trump cumprisse seu tempo concedido. Em certa altura, um Biden exasperado virou-se para o presidente e disse: “quer calar a boca, cara?”
Segundo debate cancelado
Trump e Biden deveriam debater pela segunda vez na última quinta-feira, mas o debate foi cancelado após Trump se recusar a participar de um debate virtual. A comissão pretendia realizar o evento de forma remota após o presidente testar positivo para o novo coronavírus no início do mês, diagnóstico que o deixou hospitalizado por três dias.
Em vez disso, os dois candidatos participaram de sabatinas simultâneas na noite em que o debate foi originalmente agendado para ocorrer. Biden apareceu na ABC por uma hora e meia, enquanto Trump falou por aproximadamente uma hora na NBC.
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Biden pediu mudança de regra
O democrata Joe Biden deixou claro o desejo de que a comissão de debate mudasse as regras antes da terceira disputa, e disse que a maneira como Trump se comportou no primeiro debate foi um “constrangimento nacional”.
“Só espero que haja uma maneira pela qual a comissão de debate possa controlar nossa capacidade de responder às perguntas sem interrupções”, disse Biden a Arlette Saenz, da CNN, um dia após o primeiro debate.
“Não vou especular sobre o que acontece no segundo ou terceiro debate. Minha esperança é que eles possam literalmente dizer que a pergunta é feita a Trump. Ele tem um microfone, dois minutos…”.
A campanha Trump se opôs a qualquer mudança nas regras. O diretor de comunicação da campanha, Tim Murtaugh, disse à CNN em um comunicado após o primeiro debate que a comissão “não deveria mover as traves e mudar as regras no meio do jogo”.
“Eles só estão fazendo isso porque seu cara foi espancada na noite passada”, disse Murtaugh. “O presidente Trump era a força dominante e agora Joe Biden está tentando influenciar os árbitros.”