Combate urbano diante de população hostil será difícil para Rússia, diz especialista
À CNN, o professor Eugenio Diniz disse que tropas russas devem tentar diminuir capacidade de resistência ucraniana


Há a expectativa de que as tropas russas invadam a capital ucraniana Kiev nos próximos dias. Imagens do comboio do exército com tanques enfileirados rumo à cidade já foram registradas.
No entanto, para o professor da PUC Minas e Diretor-Executivo da Synopsis Inteligência Estratégia Diplomacia, Eugenio Diniz, embora isso seja “um sinal de força considerável, não é inimaginável, frequentemente uma divisão militar pode ocupar esse espaço, na medida em que seja necessário deixar uma margem e não ficar restrito o movimento”.
O especialista pondera que, para saber o impacto dessa força em Kiev, dependerá de como ela chegará lá. “Possivelmente vai cercar a capital para dificultar a resistência”.
“Um combate urbano diante de população hostil é muito difícil, custoso, para uma força adentrando uma cidade sem ser bem-vinda”, disse.
Ele explicou que, como a população conhece o território, “há muitas oportunidades para emboscadas, esconderijos, e isso exige atividade intensa em termos de pessoal, para tentar neutralizar essa posição, caso se pretenda efetivamente ocupar a cidade”.
Na opinião do professor, “para o presidente russo Vladimir Putin, não tomar Kiev vai parecer um fracasso muito grande, para ele é muito importante inclusive simbolicamente”.
Por outro lado para os ucranianos, ”atrasar a tomada de Kiev tem efeito motivador, mostra capacidade de bloquear as forças russas”.
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Na quinta-feira (24), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez um pronunciamento televisionado no qual autorizava uma "operação militar especial" na Ucrânia. Putin disse que o objetivo era proteger população de regiões separatistas. • Reprodução/Russia 24
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Poucas horas após pronunciamento de Putin, explosões e sirenes foram ouvidas em várias cidades da Ucrânia, segundo relatos de repórteres da CNN. A imagem de uma explosão em Kiev divulgada pelo Gabinete do Presidente da Ucrânia foi um dos primeiros retratos da invasão russa no país. • Gabinete do Presidente da Ucrânia
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Já pela manhã de quinta-feira, gigantescas filas de carro se formaram com pessoas tentando sair da capital ucraniana Kiev. • Getty Images
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Após o início da guerra, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, convocou os cidadãos para luta armada e pediu doações de sangue para os militares feridos. • CNN / Reprodução
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Os metrôs ucranianos se transformaram em verdadeiros bunkers improvisados, para servir de abrigo antibombas. Na foto, o metrô de Kharkiv, segunda maior cidade do país. • CNN
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A CNN relatou que infraestrutura civil ucraniana foi afetada pela guerra. Na imagem, uma criança brinca no parquinho do lado de fora de um prédio residencial de Kiev atingido por uma explosão. • Anadolu Agency via Getty Images
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Pessoas são fotografadas em posto de controle entre Ucrânia e Eslováquia. A ONU estima que mais de 800 mil refugiados fugiram pela fronteira oeste do país. • Future Publishing via Getty Imag
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Protestos contra a guerra na Ucrânia foram registrados em várias partes do mundo. Na foto, mais de 100 mil manifestantes foram às ruas de Berlim pedindo o fim da invasão russa. • Getty Images
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Delegações diplomáticas de Rússia e Ucrânia se encontraram, no quinto dia de guerra (28), na região da fronteira com Belarus. Primeira negociação por cessar-fogo terminou sem acordo. Segunda reunião deve acontecer nesta quarta (2). • Alexander Kryazhev/POOL/TASS via
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Kharkiv foi alvo de alguns dos piores ataques aéreos durante a guerra. Na terça-feira (1º), pelo menos 10 pessoas morreram e 35 ficaram feridas em ataques com foguetes das forças russas no centro da cidade, segundo o Ministério do Interior ucraniano. • Anadolu Agency via Getty Images