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    Com casos de Covid-19 chegando a 2 mil em Sydney, Austrália intensifica vacinação

    Pouco mais de 38% da população adulta da Austrália foi totalmente vacinada; com restrições rígidas e bloqueios de fronteiras, país tem cerca de 63 mil casos de Covid-19 e 1.044 mortes

    Renju Joseda Reuters

    Sydney, o epicentro do maior surto de coronavírus da Austrália, deve atingir o pico diário de infecções pela doença durante a próxima semana, disseram as autoridades locais nesta segunda-feira (6). O país busca acelerar as imunizações antes de flexibilizar as regras de contenção do coronavírus.

    A Austrália tenta conter uma terceira onda de infecções que atingiu suas duas maiores cidades, Sydney e Melbourne, além de sua capital Canberra, forçando mais da metade dos 25 milhões de habitantes do país a restrições rígidas para controle do surto.

    A premiê de New South Wales, Gladys Berejiklian, revelou que o estado exigirá maior número de leitos de terapia intensiva no início de outubro prevendo uma “pressão adicional sobre o sistema” nas próximas semanas.

    Os casos diários nos locais em Sydney devem subir para 2 mil até meados deste mês, de acordo com as projeções do governo.

    “Se muitos de nós fizermos a coisa errada, [se] houver muitos eventos de espalhamento [do vírus], poderemos ver esses números mais altos”, disse Berejiklian durante uma coletiva de imprensa em Sydney.

    Um total de 1.071 casos de Covid-19 estão atualmente em hospitais de New South Wales, com 177 pessoas em unidades terapia intensiva (UTI), 67 das quais requerem ventilação mecânica.

    Autoridades disseram que quadruplicaram leitos de UTI para cerca de 2 mil no estado no início do ano passado para lidar com a pandemia.

    O estado registrou 1.281 novos casos nesta segunda-feira (6), a maioria deles em Sydney – um dia antes este número estava em 1.485. Cinco novas mortes foram registradas. O estado de Victoria, que inclui Melbourne, relatou 246 novos casos nesta segunda, seu maior aumento diário do ano.

    Apesar dos surtos recentes, os números de coronavírus da Austrália permaneceram relativamente baixos, com cerca de 63 mil casos e 1.044 mortes. Bloqueios de fronteira e procedimentos rígidos para circulação de pessoass têm segurado os números da pandemia no país.

    Mas as empresas do país tiveram que suportar o fardo, com a Austrália à beira de uma segunda recessão em poucos anos.

    A roda gigante de Melbourne, parte do horizonte da cidade por mais de 15 anos, fechará permanentemente devido às “restrições de viagem e paralisações sustentadas” relacionadas à pandemia, relataram as autoridades locais nesta segunda.

    Vacinação é intensificada

    As autoridades prometeram mais liberdade de circulação, incluindo a abertura das fronteiras estaduais, uma vez que 70% a 80% da população com mais de 16 anos seja vacinada, embora alguns estados livres de vírus possam atrasar seus planos de reabertura devido ao surto da variante Delta em Sydney.

    Pouco mais de 38% da população adulta da Austrália foi totalmente vacinada, e o país deve atingir 70% no início de novembro com base nas taxas atuais.

    O governo federal dobrou as doses disponíveis da Pfizer para este mês após entrar em acordos de troca de vacinas com a Grã-Bretanha e Singapura e conseguir cerca de 4,5 milhões de doses.

    “Haverão novos voos em alguns dias, mas recebemos um milhão dos quatro milhões [de doses] todas as semanas nas próximas quatro semanas”, disse o tenente-general John Frewen, chefe da força-tarefa de vacinação, à emissora ABC.

    Frewen disse que um milhão de doses de Moderna também chegarão à Austrália em “uma semana ou mais”, tornando-se a terceira vacina em uso no país, somando-se às doses da Pfizer e AstraZeneca.