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    Com avanço da Ômicron, Biden amplia testes e alerta não vacinados contra a Covid

    Governo dos Estados Unidos vai comprar 500 milhões de testes rápidos que podem ser realizados em casa

    Reuters

    O governo dos Estados Unidos abrirá locais federais para a testagem da Covid-19 na cidade de Nova York nesta semana. A administração do presidente Joe Biden também irá comprar 500 milhões de testes rápidos que podem ser realizados em casa. Os norte-americanos poderão solicitar os testes online gratuitamente a partir de janeiro.

    As medidas fazem parte do enfrentamento da variante Ômicron que avança pelo país.

    Adotando um tom mais alarmante sobre os riscos da falta de vacinação, Biden apresentará as iniciativas nesta terça-feira (21), em um discurso que visa persuadir os norte-americanos a se protegerem da variante que apresenta rápida disseminação, disse um alto funcionário do governo.

    As medidas também incluem o recrutamento de cerca de mil médicos militares para prestar apoio aos hospitais.

    “Também ressaltamos que, se você não for vacinado, corre um alto risco de adoecer. Esta variante é altamente transmissível e os não vacinados têm oito vezes mais chances de serem hospitalizados e 14 vezes mais chances de morrer de Covid-19″, disse o funcionário.

    Com a temporada de férias já iniciada, novos casos de Covid-19 estão surgindo nos Estados Unidos, levando as autoridades locais e federais a debater novamente até onde ir para combater o vírus.

    Autoridades federais disseram que a Ômicron responde por 73% de todos os novos casos, contra menos de 1% no início do mês.

    Autoridades de saúde no Texas disseram na segunda-feira (20) que o estado registrou o que a ABC News relatou ser considerada a primeira morte conhecida nos Estados Unidos relacionada à Ômicron.

    A variante altamente contagiosa foi detectada pela primeira vez no mês passado no Sul da África e em Hong Kong, e já se espalhou pelo mundo, sendo relatada em 89 países, disse a Organização Mundial de Saúde (OMS) no sábado (18).

    Longas filas para os testes de Covid-19 foram vistas em Nova York, Washington e outras cidades dos Estados Unidos no fim de semana. O aumento da procura está associado às festas de fim de ano.

    Enfrentando críticas de que os recursos para testagem são inadequados, Biden vai anunciar na terça-feira que o governo federal vai comprar 500 milhões de testes rápidos, que podem ser feitos em casa, e torná-los disponíveis para todos os norte-americanos em janeiro.

    Os americanos podem acessar um novo site para que os testes sejam entregues, mas as autoridades ainda estão trabalhando em quantos exames poderão ser solicitados por família.

    O governo também abrirá vários centros de testes federais, começando na cidade de Nova York, antes do Natal, disse um alto funcionário do governo.

    Mais locais federais de testagem serão abertos em todo o país em áreas de alta necessidade e quando solicitados por funcionários locais e estaduais, disse o oficial.

    Ações imediatas

    “A testagem neste país está muito melhor do que antes, mas há mais a fazer e estamos entrando em ação agora”, disse o funcionário.

    Os testes gratuitos são um acréscimo a um plano para que as seguradoras de saúde forneçam testes gratuitos para americanos com cobertura que também está prevista para começar em janeiro.

    Biden destacará que a variante Ômicron é tão contagiosa que infecta americanos vacinados, mas é muito menos provável que adoeçam gravemente.

    As chamadas infecções disruptivas estão aumentando entre os 61% da população totalmente vacinada do país, incluindo os 30% que receberam doses de reforço.

    Mesmo assim, Biden dirá aos americanos que aqueles que forem vacinados e seguirem as orientações sobre o uso de máscaras, especialmente durante as viagens, devem se sentir confortáveis ​​para comemorar as festas de fim de ano conforme planejado.

    Os novos casos de Covid-19 aumentaram 9% nos Estados Unidos na semana passada, mas aumentaram 57% desde o início de dezembro, de acordo com um levantamento da Reuters.

    O número de pacientes hospitalizados com a doença aumentou 26% este mês, com hospitais em algumas áreas já afetados pela variante Delta que surgiu no início deste ano.

    Houve quase 51 milhões de infecções e 809.268 mortes relacionadas ao coronavírus relatadas no país desde o início da pandemia, os maiores índices do mundo.

    (Reportagem de Jarrett Renshaw e Ahmed Aboulenein; Edição de Peter Cooney)

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