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    Com 98% das urnas apuradas, Castillo amplia vantagem no Peru

    Candidato de esquerda tem 50,296% dos votos válidos contra 49,704% de Keiko Fujimori, uma diferença de 102.108 eleitores na disputa pela presidência do país

    Murillo Ferrari, da CNN, em São Paulo

    O candidato de esquerda Pedro Castillo ampliou na terça-feira (8) sua liderança contra a rival de direita Keiko Fujimori na apuração da votação presidencial no Peru.

    A última atualização da contagem oficial da eleição de domingo (6) mostra Castillo com 50,296% dos votos válidos (8.670.028) e Keiko com 49,704% (8.567.920), com 98,24% dos votos apurados – uma diferença de apenas 102.108 votos. 

    O candidato esquerdista começou atrás durante a apuração na noite de domingo, mas passou na frente conforme a contagem avançava devido a uma onda de votos rurais.

    Keiko afirmou que ainda não reconhecerá a derrota e alegou a existência de irregularidades na votação, embora sem apresentar provas.

    “Há uma intenção clara de boicotar a vontade do povo”, disse a candidata em uma entrevista coletiva na segunda-feira (7) na qual mostrou vídeos de mídia social para apoiar suas afirmações, e acusou apoiadores de Castillo de “roubar votos”. 

    O partido de Castillo, Peru Livre, respondeu no Twitter e “rejeitou” as acusações e disse que também havia sido vítima de tentativas de fraude, sem dar detalhes.

    Os analistas esperam que um resultado próximo possa levar a dias de incerteza, tensão e talvez algum nível de inquietação, e as reivindicações de Keiko podem adicionar um fator explosivo a esse cenário. 

    Castillo, filho de camponeses, prometeu reformar a Constituição do país andino e as leis de mineração, assustando produtores de cobre e os mercados locais, que caíram drasticamente na segunda-feira após ele assumir a liderança da apuração.

    Pedro Castillo discursa para apoiadores em Lima
    Pedro Castillo discursa para apoiadores em Lima; candidato de esquerda lidera apuração de eleição presidencial
    Foto: Reuters

    “Tudo o que queremos agora é democracia, que tudo seja democrático. Que quem vencer, o outro aceite e não crie problemas”, disse Lili Rocha, eleitora de Lima depois que eclodiram algumas brigas na capital do país.

    A vendedora ambulante Natalia Flores disse que não votou em nenhum dos candidatos, mas tem esperança de que o vencedor tirará o país da recente turbulência política e da pandemia.

    “Quem quer que vença, acho que terá que fazer um bom trabalho porque no Peru a questão da pandemia é terrível para nós economicamente. O trabalho é instável”, disse ela. “Seja o Sr. Castillo ou a Sra. Keiko, espero que eles façam um bom trabalho nos próximos cinco anos.”

    (Com informações da Reuters)