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    Colômbia suspende ordens de prisão contra dissidentes das Farc antes de negociações

    Conversas para paz são promessa eleitoral do presidente Gustavo Petro

    Stefano Pozzebonda CNN

    O Ministério Público da Colômbia suspendeu os mandados de prisão contra os principais integrantes de um dos maiores grupos dissidentes das Farc ainda ativos no país, enquanto o governo do presidente Gustavo Petro se prepara para negociações de paz com grupos criminosos, anunciou o órgão nesta segunda-feira (13).

    O plano do governo de “paz total” prevê que grupos criminosos negociem com o Estado colombiano em troca de vários benefícios legais, incluindo a anistia para certos crimes, a suspensão parcial de alguns mandados de prisão e a redução de penas.

    A iniciativa do governo visa vários dos principais grupos criminosos do país, incluindo cartéis de drogas, grupos paramilitares de extrema-direita e guerrilheiros de esquerda.

    O anúncio desta segunda-feira inclui 19 altos comandantes do Estado-Maior Central das extintas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), incluindo membros que violaram o acordo de paz de 2016 assinado entre o Estado colombiano e as Farc em Havana.

    As Farc, que já foram a maior guerrilha do Hemisfério Ocidental, se desmobilizaram formalmente após o acordo de 2016. O grupo fundou um partido político em 2017.

    No entanto, vários altos escalões rejeitaram a vida civil e voltaram à luta armada nos últimos seis anos.

    Abrir negociações com grupos criminosos foi uma das promessas mais ousadas de Petro como candidato presidencial de 2022.

    Desde que o presidente assumiu o cargo, o governo iniciou negociações formais com o Exército de Libertação Nacional (ELN), outro grupo guerrilheiro de esquerda, e estuda conceder status político ao Clã del Golfo, o maior cartel de drogas da Colômbia.

    “Começa um segundo processo de paz. Será estabelecida uma mesa entre o governo e o Estado-Maior Central (Farc)”, publicou Petro no Twitter nesta segunda-feira logo após o anúncio do procurador-geral.

    Membros do Estado-Maior Central das Farc não comentaram imediatamente ao anúncio.

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