Civis em Mariupol podem enfrentar “pior cenário”, diz Cruz Vermelha
Organização pede pelo estabelecimento de rotas de fuga e por um acordo de cessar-fogo que seja mantido; cidadãos enfrentam "escassez extrema" na cidade
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) pede por uma solução urgente para evitar o “pior cenário” para os civis presos na cidade de Mariupol, no sul da Ucrânia, de acordo com um comunicado divulgado no domingo (13).
“O pior cenário aguarda as centenas de milhares de civis encurralados pelo combate pesado em Mariupol, a menos que as partes cheguem a um acordo humanitário concreto com urgência”, diz o comunicado.
O CICV pediu a todas as partes que lutam em Mariupol que concordem com um cessar-fogo a fim de garantir uma passagem segura para os civis.
“Todos os que participam da luta precisam concordar com as modalidades e o momento de um cessar-fogo, os locais precisos da rota de passagem segura e, em seguida, garantir que o acordo seja respeitado”, acrescentou o CICV.
Centenas de milhares de moradores de Mariupol enfrentam “escassez extrema ou total de necessidades básicas como comida, água e remédios” e muitos estão abrigados em “porões sem aquecimento”, disse o CICV.
Os corpos também estão presos sob os escombros ou deixados por onde caíram na cidade.
No domingo, a administração da cidade de Mariupol disse em um post do Telegram que um grande comboio de ajuda humanitária destinado à cidade sitiada não havia chegado e ainda estava preso em Berdyansk, cerca de 80 quilômetros a oeste, deixando 400.000 pessoas esperando por ajuda.
Mariupol foi submetida a “bombardeios e bombardeios aéreos durante todo o dia”, disse no domingo a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk.