Civil morre durante combates em Belgorod; Rússia diz que matou 70 invasores
De acordo com o Exército Russo, os mortos seriam “nacionalistas ucranianos”; quatro veículos blindados e cinco caminhonetes foram destruídos na operação, segundo as mesmas fontes
O Exército russo disse nesta terça-feira que derrotou militantes que atacaram uma região da fronteira russa com veículos blindados no dia anterior, matando mais de 70 “nacionalistas ucranianos” e empurrando o restante de volta para a Ucrânia.
O governador regional de Belgorod, por sua vez, informou que um civil foi morto “nas mãos das forças armadas ucranianas”.
No que parecia ser uma das maiores incursões da Ucrânia desde o início da guerra, 15 meses atrás, dois supostos grupos armados anti-Kremlin que empregam russos baseados no exterior disseram ser os responsáveis pelo ataque na região russa de Belgorod.
O Ministério da Defesa russo, que culpou as autoridades ucranianas, disse que suas forças cercaram os combatentes inimigos e os derrotaram com “ataques aéreos, fogo de artilharia e ação ativa das unidades de fronteira”.
Um comunicado do ministério disse que mais de 70 combatentes ucranianos foram mortos e quatro veículos blindados e cinco caminhonetes destruídos.
“Os remanescentes dos nacionalistas foram empurrados de volta para o território ucraniano, onde continuaram a ser atingidos por tiros até serem completamente eliminados”, acrescentou o ministério. A reportagem não conseguiu verificar as afirmações.
Um dos dois grupos combatentes – o Corpo Voluntário Russo (RVC) – disse nas redes sociais: “Um dia viremos para ficar.”
Em uma declaração posterior, o grupo negou que suas forças tivessem sido derrotadas. “O Corpo Voluntário Russo não sofreu perdas”, disse.
Um segundo grupo, a Legião da Liberdade da Rússia, disse que “desmilitarizou” uma empresa russa de fuzis motorizados e destruiu veículos blindados. Ele disse que as declarações russas sobre impedir a incursão descreveram “perdas imaginárias”.
“…As forças de Putin não se destacaram com nenhum sucesso no último dia”, disse em um post na mídia social.
“…Enquanto eles se escondem covardemente nos arbustos, vamos avançar para o nosso objetivo – a libertação completa da Rússia!”
O governo da Ucrânia disse que estava observando a situação, mas “não tinha nada a ver com isso”. Disse o mesmo em março, quando um dos grupos – que Moscou disse consistir em extremistas russos de extrema-direita administrados pela inteligência ucraniana – montou uma incursão em outra região fronteiriça.
O ex-presidente Dmitry Medvedev, agora vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, disse que a negação de Kiev era “mentira” e que os agressores mereciam ser exterminados “como ratos”.
(Publicado por Fábio Mendes)