Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Cidade mais violenta da Argentina paralisa transporte, aulas e fecha postos

    Moradores fizeram panelaço para protestar contra mortes provocadas por facções ligadas ao tráfico de drogas

    Luciana Taddeoda CNN , em Buenos Aires

    A cidade de Rosário, que registra a maior taxa de homicídios da Argentina, amanheceu paralisada, nesta segunda (11), em resposta a assassinatos, a sangue frio, registrados na semana passada.

    Após as mortes de dois taxistas, um motorista de ônibus e um frentista, a sangue frio, trabalhadores de diversos setores decidiram paralisar atividades parcial ou totalmente.

    As aulas foram suspensas. Ônibus não circulam. Postos de gasolina não estão abrindo durante as noites e taxistas só estão trabalhando durante o dia.

    Na noite deste domingo (10), um forte panelaço dos moradores, aterrorizados pela criminalidade, atribuída a facções do tráfico de drogas, foram escutados pela cidade.

    A Associação dos Magistrados da província de Santa Fe, onde fica Rosário, determinou um “cesse total de atividades sem presença nas escolas para esta segunda”, devido à escalada da violência na cidade. “A situação em Rosário é realmente gravíssima”, concluiu a mensagem postada em redes sociais.

    “Devido ao falecimento do companheiro Marcos, no dia de amanhã, segunda, não haverá atividades de transporte urbano e interurbano. Acompanhamos a família neste difícil momento”, escreveu o sindicato de motoristas de Rosário, em resposta ao assassinato de Marcos Iván Daloia, de 38 anos, que levou pelo menos três tiros enquanto trabalhava, na última quinta. Ele não resistiu e acabou morrendo neste domingo.

    Na última terça, o taxista Héctor Figueroa, de 53 anos, que levava um passageiro no banco dianteiro, foi assassinado com disparos na cabeça por uma terceira pessoa, que disparou pela janela, do lado de fora do veículo. No dia seguinte, o taxista Diego Alejandro Celentano, de 32 anos, também morreu por disparos de dois criminosos.

    No último sábado, o frentista Bruno, de 25 anos, foi assassinado a tiros dentro de um posto de gasolina. O criminoso se aproxima, atira, e sai correndo, sem que o frentista tivesse qualquer possibilidade de reação.

    Segundo a imprensa local, uma penitenciária e uma delegacia também foram baleadas por criminosos nos últimos dias.

    Desde os assassinatos, diversos sindicatos dos taxistas têm convocado greves. Os postos de gasolina não estão abrindo durante as noites e dizem que manterão a medida até encontrarem respostas às medidas de segurança que precisam para o setor.

    Já os taxistas estão parando de 22h a 6h pela falta de segurança para trabalhar e pela paralisação noturna dos postos de gasolina.

    Diante dos episódios, o governo argentino e o da província de Santa Fé, onde está Rosário, formaram um Comitê de Crise. Javier Milei autorizou o uso das Forças Armadas para apoiar a segurança interna da cidade e a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, informou que todos os crimes cometidos nas ruas serão classificados como “atos de terrorismo”.

    Tópicos