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    Cidadãos de Sri Lanka fogem de Colombo durante crise no país

    Moradores convivem com toque de recolher desde que primeiro-ministro renunciou ao cargo

    Alasdair PalUditha Jayasingheda Reuters

    Muitos cingaleses lotaram ônibus na principal cidade do Sri Lanka, Colombo, nesta quinta-feira (12), para retornar às suas cidades de origem durante um breve relaxamento do toque de recolher, imposto depois que o primeiro-ministro renunciou e se escondeu e o presidente Gotabaya Rajapaksa alertou para a anarquia.

    A nação insular no extremo sul da Índia, com vista para as rotas marítimas entre a Europa e a Ásia, está enfrentando sua pior crise econômica desde a independência.

    A violência eclodiu na segunda-feira depois que simpatizantes do ex-primeiro-ministro Mahinda Rajapaksa, irmão mais velho do presidente, atacaram um acampamento de protesto antigoverno em Colombo.

    Seguiram-se dias de represálias violentas contra figuras do governo alinhadas ao poderoso clã Rajapaksa. O Exército foi chamado para patrulhar as ruas e a polícia disse que nove pessoas morreram e mais de 300 ficaram feridas nos confrontos.

    As forças de segurança receberam ordens de atirar para evitar violência e saques.

    Centenas de pessoas lotaram a principal estação rodoviária de Colombo depois que as autoridades suspenderam o toque de recolher às 7h de quinta-feira.

    As ruas da capital comercial estavam calmas, embora houvesse filas nos supermercados, conforme as pessoas se aventuravam a comprar suprimentos essenciais antes que o toque de recolher fosse restabelecido às 14h.

    “Chegamos ao fundo do poço economicamente”, disse Nimal Jayantha, um motorista que estava na fila para abastecer depois que o toque de recolher foi suspenso.

    “Não tenho tempo para fazer meu trabalho. Enquanto fico na fila para o combustível, o toque de recolher será imposto. Vou ter que ir para casa sem dinheiro.”

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