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    Cidadãos de países ricos apoiam ajuda climática para nações mais vulneráveis

    A pesquisa conduzida pelo Banco Europeu de Investimentos, braço de crédito da União Europeia, ouviu mais de 30 mil pessoas

    David Stanwayda Reuters , Cingapura

    Uma pesquisa do Banco Europeu de Investimento (BEI) apontou que cidadãos da Europa, Estados Unidos, Japão e China acreditam que seus países deveriam compensar as nações mais pobres para ajudá-las a lidar com o impacto das mudanças climáticas.

    A quinta pesquisa anual do clima, conduzida pelo banco, ouviu mais de 30 mil pessoas e revelou um consenso global para financiar o combate às mudanças climáticas, mesmo que isso signifique aumento de impostas e o fim de subsídios a combustíveis fósseis.

    No entanto, as preocupações com o impacto econômico da ação climática ainda prevalecem no mundo. A maioria dos entrevistados disse que a transição para uma economia de baixo carbono só será bem-sucedida se também combater as desigualdades.

    “A mais recente Pesquisa do Clima do BEI realça a profunda conhecimento das pessoas sobre as mudanças climáticas e seu comprometimento em combatê-las de frente”, afirmou o vice-presidente do banco, Ambroise Fayolle.

    “Elas reconhecem que uma transição bem-sucedida para um mundo neutro de carbono tem que ser acompanhada pelo ataque às desigualdades social e econômica, doméstica e globalmente.”

    O financiamento climático para adaptação e perdas e danos será um assunto central da COP28, que começa em Dubai na quinta-feira (30).

    Mais de 60% dos entrevistados na União Europeia e nos Estados Unidos concordaram que seus países devem fornecer recursos para tal, informou o BEI, braço de crédito da União Europeia.

    Embora a China ainda se considere um país em desenvolvimento e acredite que as nações industrializadas deveriam oferecer a maior parte do financiamento climático, quase três quartos dos entrevistados no país dizem que a China, a maior poluidora por carbono no mundo, também deveria contribuir.

    Entrevistados de todo o planeta colocaram as mudanças climáticas como um dos três maiores desafios mundiais, ao lado do crescente custo de vida e da desigualdade econômica.

    A pesquisa também revelou um forte apoio mundial ao fim dos subsídios e desonerações fiscais para combustíveis fósseis, algo que deve ser outro tópico importante da COP28.

    Na Índia e na China, os dois maiores fornecedores de subsídios aos combustíveis fósseis, mais de 90% dos entrevistados concordam que tais incentivos devem ser eliminados.

    Nos EUA, Europa e Japão, cerca de três quartos da amostragem tiveram o mesmo posicionamento.

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