Ciclone Remal causa mais de 30 mortos; 1 milhão de moradores são retirados
índia e Bangladesh sofrem com efeitos de ciclone, que começou a perder potência nesta terça-feira
Pelo menos 36 pessoas morreram na Índia e em Bangladesh depois que o ciclone tropical Remal atingiu a área com chuvas torrenciais e ventos fortes, segundo autoridades locais.
Pelo menos sete pessoas morreram em incidentes relacionados ao ciclone no estado de Bengala Ocidental, no leste da Índia, na noite de segunda-feira, disse Javed Khan, ministro do estado para gestão de desastres, à CNN na terça-feira.
Anteriormente, foram notificadas sete mortes no estado de Telangana, no sul da Índia, 12 no estado de Mizoram, no nordeste da Índia, e dez em Bangladesh.
O Departamento Meteorológico da Índia disse na terça-feira (28) que Remal enfraqueceu no leste de Bangladesh depois de perder alguma força na noite dessa segunda-feira (27). O ciclone causou danos em grande escala em ambos os países, derrubando árvores, transformando estradas em rios e deixando milhões de pessoas sem eletricidade.
Mais de 1 milhão de pessoas na Índia e em Bangladesh foram deslocadas no domingo, quando o ciclone atingiu a costa perto da fronteira entre os dois países.
As autoridades afirmaram que voluntários e militares foram mobilizados para ajudar nos esforços de limpeza e na distribuição de alimentos e água às famílias deslocadas.
Remal atingiu a costa a cerca de 80 quilômetros da cidade indiana de Calcutá, com rajadas de até 135 km/h, e está se movendo para o norte através de Bangladesh, disse o Departamento Meteorológico Indiano.
A tempestade enfraqueceu depois de atingir a costa com ventos de até 115 km/h. Espera-se que Remal despeje mais de 89 milímetros de chuva e traga ondas de 2,5 a 3,7 metros provocadas pelo vento para as costas da Baía de Bengala, de acordo com à CNN Weather.
Os portos marítimos de Mongla e Payra, no Bangladesh, emitiram o Sinal de Grande Perigo 10 – o sinal de alerta máximo – no domingo, e todos os navios de pesca e de navegação foram aconselhados a ficarem recolhidos.
O país é um dos mais vulneráveis do mundo aos impactos da crise climática, mostram estudos.