China tem ‘longo caminho’ para metas ambientais, diz Conselho de Estado
País asiático planeja aumentar para 79% a proporção de água de boa qualidade em suas regiões costeiras
A China tem um “longo caminho pela frente” em termos de proteção ambiental, reconheceu o Conselho de Estado do país neste domingo (7), ao anunciar um combate “profundo” à poluição com o anúncio de novas metas relativas à despoluição do ar e da água e medidas para combater as emissões de carbono.
O Conselho de Estado, gabinete do governo da China, disse que houve algumas melhorias na situação ecológica do país desde o lançamento da campanha antipoluição, informou a agência de notícias estatal Xinhua.
Mas o Conselho disse que será difícil combater a poluição e garantir que as emissões de carbono atinjam o pico em 2030 e que a neutralidade de carbono seja enfim alcançada até 2060, conforme prometido pelo presidente Xi Jinping.
A China é o maior emissor mundial de gases de efeito estufa.
“A campanha de proteção ecológica e ambiental tem um longo caminho pela frente”, disse o Conselho em um comunicado.
A China planeja aumentar para 79% a proporção de água de boa qualidade em suas regiões costeiras, eliminar a alta poluição do ar, controlar efetivamente os riscos de poluição do solo e aumentar significativamente a capacidade de tratamento de resíduos sólidos e novos poluentes, disse o Conselho.
O governo também prometeu cortar a quantidade de compostos orgânicos voláteis (VOCs), emitidos principalmente pelas indústrias química e petrolífera, e de óxidos de nitrogênio em pelo menos 10% até 2025, na comparação com os níveis de 2020, e assim interromper o aumento da poluição da camada de ozônio.
O país também tentará cumprir os seus ambiciosos objetivos ambientais sem afetar drasticamente a atividade econômica e industrial e a vida cotidiana das pessoas, disse o Conselho, acrescentando que a agenda ambiental também vai se coordenar com outras ações nacionais, incluindo campanhas de segurança alimentar e energética.
O Conselho de Estado pretende tornar cerca de 93% de suas terras agrícolas atualmente contaminadas aptas para plantação até o final de 2025, contra os 90% que estavam previstos para o final de 2020, e reduzir os resíduos de metais pesados descartados por indústrias-chave em 5% na comparação com os níveis de 2020.