China quer relação “ganha-ganha” com a Rússia, diz diplomata chinês em Moscou
Visita de Wang Yi à Rússia é observada de perto pelo Ocidente em meio a tensões na Ucrânia
O principal diplomata da China, Wang Yi, disse ao ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, nesta quarta-feira (22) que Pequim “perseguirá firmemente uma política externa independente e autônoma”. O diplomata também se encontrou com Vladimir Putin.
Wang Yi disse que “sob a liderança estratégica” do presidente chinês, Xi Jinping, e do russo, Vladimir Putin, o relacionamento entre os dois países “continua a operar em alto nível”.
A China “insistirá em promover uma estratégia aberta de benefício mútuo e situação ganha-ganha”, disse Wang, acrescentando que a China está “disposta a manter o bom desenvolvimento de nosso novo tipo de relações de grande potência com a Rússia”, não importa o quão mudanças climáticas internacionais.
A viagem de Wang a Moscou foi observada de perto no Ocidente, em meio a preocupações de que a proximidade contínua entre as duas nações pudesse afetar a guerra na Ucrânia.
Embora a China tenha reivindicado imparcialidade sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia, ela se recusou a condenar Moscou e repetiu as falas do Kremlin culpando a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) por provocar o conflito.
“Exploraremos persistentemente um caminho de desenvolvimento que esteja de acordo com nossas respectivas condições nacionais”, disse Wang na quarta-feira.
Ele acrescentou que a China “abrirá novas perspectivas e injetará novas conotações na cooperação da China com outros países, incluindo a Rússia, por meio do processo de modernização no estilo chinês”.
Wang disse que ambos os países “defendem o multilateralismo, se opõem resolutamente a qualquer ação unilateral e hegemônica e salvaguardam inabalavelmente nossos respectivos interesses de segurança e desenvolvimento”.