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    China nega participação na guerra na Ucrânia após falas de Zelensky

    Presidente ucraniano falou que inteligência do país tinha informações sobre 155 cidadãos da China lutando na pela Rússia

    Colleen HoweBeijing newsroomGareth Jonesda Reuters

    A China reafirmou o apoio aos esforços de paz na Ucrânia nesta quinta-feira (10) e comentou que as partes relevantes devem evitar “comentários irresponsáveis”, em uma aparente crítica ao comentário do presidente Volodymyr Zelensky sobre cidadãos chineses lutando pela Rússia.

    O presidente da Ucrânia disse nesta quarta-feira (10) que a inteligência do país tinha informações sobre 155 cidadãos chineses lutando na Ucrânia.

    A fala veio após a captura de dois cidadãos chineses no leste da Ucrânia, para onde as tropas russas avançavam.

    “Gostaria de reiterar que a China não é a iniciadora da crise ucraniana, nem é uma parte participante. Somos um firme apoiador e promotor ativo de uma solução pacífica para a crise”, relatou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian.

    “Pedimos às partes relevantes envolvidas a compreenderem correta e sobriamente o papel da China e a não fazerem comentários irresponsáveis”, afirmou ele em uma coletiva de imprensa regular, sem citar Zelensky ou quaisquer outras autoridades.

    A China, que declarou uma parceria “sem limites” com a Rússia, tentou se posicionar como um autor nas tentativas de negociar o fim da guerra. Absteve-se de criticar a invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia em 2022.

    Zelensky afirmou que a Rússia estava recrutando cidadãos chineses por meio das redes sociais, que as autoridades da China estavam cientes disso e que o serviço de segurança da Ucrânia havia compilado listas de nomes, datas de nascimento e as unidades militares russas para as quais foram designados.

    Ele também disse nesta quarta-feira (10) que a Ucrânia estava tentando avaliar se os recrutas chineses estavam recebendo instruções de Pequim.

    A Reuters não conseguiu verificar de forma independente as alegações de Zelensky, que a China rejeitou nesta quarta-feira (10) como “infundadas”.

    O porta-voz Lin reiterou que o governo chinês sempre solicitou aos cidadãos que se mantivessem longe de zonas de conflito armado, “e, em particular, que se abstivessem de participar de ações militares de ambos os lados”.

    O Kremlin rejeitou nesta quinta-feira (10) comentários de Zelensky de que a China está sendo envolvida no conflito na Ucrânia, dizendo que Pequim tem uma “posição equilibrada”.

    Zelensky criticou o envio de cidadãos chineses como o “segundo erro” da Rússia na guerra, após o que a Ucrânia e países ocidentais descreveram como o envio de mais de 11 mil soldados norte-coreanos para a região russa de Kursk.

    A Rússia não fez nenhum comentário público sobre as declarações do presidente ucraniano dos combatentes chineses e nunca confirmou explicitamente o envio de tropas norte-coreanas para sua região de Kursk.

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