China nega acusação da Nasa de que pretende dominar a Lua
País intensificou o ritmo de seu programa espacial na última década, com foco na exploração da Lua
A China rejeitou nesta segunda-feira (4) um alerta do chefe da agência espacial norte-americana, Nasa, de que a China pode tomar controle da Lua como parte de um programa militar. O país considerou a afirmação uma difamação irresponsável, enfatizando que sempre pediu a construção de uma comunidade de nações no espaço.
A China intensificou o ritmo de seu programa espacial na última década, com foco na exploração da Lua. Com seu primeiro pouso lunar sem tripulação em 2013, o país espera lançar foguetes poderosos o suficiente para enviar astronautas à Lua no final desta década.
“Precisamos estar muito preocupados com o fato de a China estar pousando na Lua e dizendo: ‘é nossa agora e você fica de fora'”, disse o administrador da Nasa, Bill Nelson, ao jornal alemão Bild em uma entrevista publicada no sábado (2).
O chefe da agência espacial dos Estados Unidos afirmou que o programa espacial da China é militar e que a China roubou ideias e tecnologia de outros.
“Esta não é a primeira vez que o chefe da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos EUA ignorou os fatos e falou de forma irresponsável sobre a China”, disse Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês.
“O lado norte-americano constantemente construiu uma campanha de difamação contra os esforços normais e razoáveis da China no espaço sideral, e a China se opõe firmemente a tais comentários irresponsáveis”.
A China sempre promoveu a construção de um futuro compartilhado para a humanidade no espaço sideral e se opôs ao seu armamento e a qualquer corrida armamentista no espaço, disse ele.
A Nasa, sob seu programa Artemis, planeja enviar uma missão tripulada para orbitar a Lua em 2024 e fazer um pouso tripulado perto do polo Sul lunar até 2025.