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    China fornece equipamentos indevidos à Rússia, diz diplomata francês

    Emmanuel Bonne, chefe da equipe diplomática de Macron, afirmou que chineses enviaram cargas que podem ter uso militar 

    Emmanuel Bonne se mostrou incomodado com o apoio, ainda que não integral, da China à Rússia
    Emmanuel Bonne se mostrou incomodado com o apoio, ainda que não integral, da China à Rússia Ratib Al Safadi/Anadolu Agency/Getty Images

    Da CNN

    O principal assessor diplomático do presidente francês Emmanuel Macron disse que a China está entregando itens que podem ser usados como equipamento militar para a Rússia, embora não em grande escala.

    Questionado no Fórum de Segurança de Aspen se o Ocidente viu alguma evidência de que a China armou a Rússia de alguma forma na guerra na Ucrânia, Emmanuel Bonne, chefe da equipe diplomática de Macron no Palácio do Eliseu, disse ao moderador: “Sim, há indícios de que eles estão fazendo coisas que preferiríamos que não fizessem”.

    Quando pressionado sobre se a China estava entregando armas, Bonne disse: “Bem, tipo de equipamento militar… até onde sabemos, eles não estão entregando capacidades militares maciças para a Rússia, mas (precisamos que seja) nenhuma entrega.”

    Autoridades francesas disseram à CNN que Bonne estava se referindo a tecnologias de uso duplo e assistência não letal, como capacetes e coletes à prova de balas.

    Solicitado a comentar, um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca disse que as autoridades dos EUA estão preocupadas com as transferências de “equipamentos de uso duplo” da China para a Rússia que podem ser usados para matar ucranianos ou ter um impacto significativo no campo de batalha.

    “Ainda não vimos a transferência de assistência letal da China para a Rússia para uso no campo de batalha na Ucrânia, mas é algo sobre o qual estamos vigilantes e continuamos a observar cuidadosamente”, disse o oficial.

    “Continuaremos a agir contra as empresas que fornecem apoio ao esforço de guerra da Rússia, sejam elas baseadas na RPC (República Popular da China) ou em qualquer lugar do mundo”, disse o funcionário.

    O escritório de Macron não retornou imediatamente os pedidos de comentários. A embaixada chinesa em Paris não respondeu imediatamente a um pedido de comentário enviado por e-mail.

    A China negou repetidamente o envio de equipamento militar para a Rússia desde a invasão total da Ucrânia por Moscou em fevereiro de 2022.

    Bonne raramente fala com a mídia oficialmente, mas regularmente informa os repórteres sobre os bastidores. Ele fez parte da delegação diplomática de Macron durante a viagem do presidente francês à China em abril e tem sido o ponto de contato de Macron com as principais autoridades chinesas.

    “O que mais precisamos é a abstenção chinesa”, disse Bonne. “Precisamos que eles entendam que a Ucrânia é um conflito de magnitude global e que não podemos permitir que a Ucrânia perca por razões de princípio, mas também por razões que são muito operacionais.”

    Perguntaram a Bonne o que a China não deveria fazer. “A entrega de armas certamente, apoio econômico”, disse ele.

    (Publicado por Fábio Mendes, com informações da Reuters)