China deve ter boa condução à frente do Conselho de Segurança da ONU, diz especialista
À CNN Rádio, José Augusto Fontoura Costa disse que a diplomacia chinesa, que substituirá o Brasil, é “sólida”


A presidência rotativa do Brasil do Conselho de Segurança da ONU termina nesta terça-feira (31), para dar lugar à China.
À CNN Rádio, o professor de direito da USP José Augusto Fontoura Costa avalia que a diplomacia chinesa é “sólida e tem tradição importante de buscar negociação.”
“A China deve ser correta do ponto de vista técnico”, completou.
Para o especialista, o papel do Brasil foi bem representado à frente da organização, embora não tenha sido suficiente para regular o conflito entre Israel e Hamas.
“Nem o melhor negociador conseguiria, já que não há acordo possível”, opinou.
Embora considere a presidência importante, José Augusto fez a ressalva de que o comando do Conselho de Segurança da ONU “não estabelece agenda ou altera o que fazer ou deixar de fazer.”
O professor lembra que a ONU tem resiliência, mas foi “criada para um contexto de relações internacionais que funcionou adequadamente até o aquecimento das tensões entre Estados Unidos e a então União Soviética.”
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“É fato que a estrutura atual é defasada e demonstra desgaste, não é que se torna irrelevante, mas pede uma transformação”, completou.
De acordo com ele, os últimos 30 anos foram de transformação da governança mundial.
*Com produção de Isabel Campos