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    China critica comunicado do G7 e pede que grupo pare de caluniar o país

    Embaixada de Pequim em Londres diz estar 'fortemente insatisfeita' com menções a Xinjiang, Hong Kong e Taiwan, temas que considera 'assuntos internos'

    Em reunião do G7 na Inglaterra, líderes se encontram com a rainha Elizabeth II
    Em reunião do G7 na Inglaterra, líderes se encontram com a rainha Elizabeth II Foto: Jack Hill - 11.jun.2021/Pool via Reuters

    A China qualificou nesta segunda-feira (14) a declaração conjunta dos líderes do G7, que repreendeu Pequim por uma série de questões, como uma interferência em seus assuntos internos e pediu ao grupo que pare de caluniar o país.

    Os líderes do G7 questionaram, no domingo (13), a China sobre os direitos humanos na região de maioria muçulmana de Xinjiang, apelaram para que Hong Kong mantenha um alto grau de autonomia e ressaltaram a importância da paz e da estabilidade em todo o Estreito de Taiwan – todas questões altamente sensíveis para o governo chinês.

    A embaixada da China em Londres disse estar fortemente insatisfeita e se opõe firmemente às menções de Xinjiang, Hong Kong e Taiwan que distorceram os fatos e expuseram as “intenções sinistras de alguns países como os Estados Unidos”.

    Com a pandemia de Covid-19 ainda em alta e a economia global lenta, a comunidade internacional precisa da unidade e cooperação de todos os países, em vez de uma política de poder semeando divisão, acrescentou.

    A China é um país amante da paz que defende a cooperação, mas também tem suas próprias questões, disse a embaixada.

    “Os assuntos internos da China não devem sofrer interferência, a reputação da China não deve ser caluniada e os interesses da China não devem ser violados”, acrescentou.

    “Defenderemos resolutamente nossa soberania nacional, segurança e interesses de desenvolvimento, e lutaremos resolutamente contra todos os tipos de injustiças e infrações impostas à China.”

    ‘Combater a China’

    O governo de Taiwan saudou a declaração do G7, dizendo que a ilha reivindicada pelos chineses será uma “força para o bem” e que continuará a buscar apoio internacional ainda maior.

    O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse que a declaração de domingo do G7 foi um avanço significativo para o grupo, já que os líderes se reuniram em torno da necessidade de “combater e competir” com a China em desafios que vão desde a proteção da democracia à corrida tecnológica.

    A embaixada da China disse que o G7 deveria fazer mais para promover a cooperação internacional, em vez de criar confrontos e atritos artificialmente.

    “Instamos os Estados Unidos e outros membros do G7 a respeitarem os fatos, compreenderem a situação, parem de caluniar a China, parem de interferir nos assuntos internos da China e parem de prejudicar os interesses da China.”

    A embaixada também disse que a pesquisa sobre as origens da pandemia de Covid-19 não deve ser politizada, depois que o G7, no mesmo comunicado, exigiu uma investigação completa e minuciosa das origens do novo coronavírus.

    O grupo de especialistas conjuntos sobre o vírus entre a China e a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem conduzido pesquisas de forma independente e seguindo os procedimentos da OMS, acrescentou a embaixada.

    “Os políticos nos Estados Unidos e em outros países ignoram os fatos e a ciência, questionam e negam abertamente as conclusões do relatório do grupo de especialistas conjuntos e fazem acusações irrazoáveis contra a China.”