China ameaça retaliação caso EUA boicotem as Olimpíadas de Inverno em Pequim
Ministério das Relações Exteriores da China disse que tomará “contramedidas” caso EUA insistam na decisão de boicotar o evento
Políticos americanos devem parar de pedir um boicote diplomático aos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, em fevereiro, para evitar romper alguns dos laços bilaterais. Caso insistam na estratégia, a China fará retaliações, disse o Ministério das Relações Exteriores da China nesta segunda-feira (6).
O governo Biden deve anunciar esta semana que funcionários do governo dos EUA não comparecerão às Olimpíadas de 2022, em Pequim, informou a CNN no domingo (5).
Aqueles que pedem um boicote são “arrogantes” e devem parar “para não afetar o diálogo e a cooperação entre a China e os Estados Unidos em áreas importantes”, disse Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.
“Se os EUA insistirem em se apegar voluntariamente a esse caminho, a China tomará contramedidas importantes”, acrescentou Lijian em entrevista coletiva.
Quatro fontes com conhecimento sobre o que pensa o governo disseram anteriormente à Reuters que havia um consenso crescente na Casa Branca para manter as autoridades americanas longe das Olimpíadas de Pequim.
Apesar de não enviar funcionários à China nos jogos, os EUA não devem vetar seus atletas de participarem da competição, segundo a apuração da CNN.
Alegações para o boicote
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse no mês passado que estava considerando um boicote diplomático para supostamente protestar contra agressões aos direitos humanos da China, incluindo o que Washington diz ser um genocídio contra uma minoria muçulmana.
O governo americano está sob pressão de ativistas e membros do Congresso para boicotar os jogos.
A Casa Branca se recusou a comentar a reportagem da CNN no domingo.
Editado por Diane Craft e Angus MacSwan