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    Chile aprova o uso emergencial da Coronavac

    A aprovação de emergência, vem depois que dados de testes no Brasil levantaram dúvidas sobre a eficácia da vacina

    Aislinn Laing e Fabian Cambero, da Reuters

    O Instituto de Saúde Pública (ISP) do Chile aprovou nesta quarta-feira (20) o uso emergencial da vacina Coronavac contra a Covid-19 fabricada pela Sinovac Biotec da China, abrindo caminho para o país andino acelerar seus esforços para imunizar a população.

    A aprovação de emergência, vem depois que dados de testes no Brasil levantaram questões sobre a verdadeira eficácia da vacina. O Chile adquiriu 10 milhões de doses do imunizante.

    Dez membros do conselho consultivo do Instituto de Saúde Pública aprovaram a implantação da vacina, enquanto dois votaram contra e um se absteve. Os dois médicos especialistas que votaram contra disseram que queriam mais dados sobre os testes do imunizante.

    Heriberto Garcia, diretor do Public Health Institute (ISP), disse que os dados são “muito encorajadores”. Os testes em estágio final e as próprias investigações do ISP sugeriram que o CoronaVac era uma “vacina segura e eficaz para combater a pandemia”.

    “Está comprovado como uma vacina que evita hospitalizações e interações graves desta doença”, afirmou.

    O Chile pagou US $ 3,5 milhões para hospedar um ensaio clínico da vacina Sinovac e ordenou que 60 milhões de doses fossem administradas à sua população de 18 milhões de pessoas ao longo de três anos.

    “A entrega de cerca de 2 milhões de doses de Sinovac era esperada já na segunda-feira (18)”, disse o Ministério da Ciência à Reuters.

    Dados do teste

    A vacina Sinovac já foi aprovada e está sendo implantada no Brasil, Turquia e Indonésia.

    Dados do ensaio clínico em estágio final da vacina no Brasil no início deste mês geraram preocupação entre alguns outros compradores em potencial, depois de mostrar que a vacina era 50,4% eficaz na prevenção de infecções sintomáticas, incluindo casos “muito leves”. Dados divulgados anteriormente diziam que o CoronaVac mostrou eficácia de 78% contra casos “leves a graves”.

    O ISP disse que os dados do teste Chileno CoronaVac ainda não estavam disponíveis, mas pesou os dados de testes em outros países. O regulador enviou dois inspetores à fábrica da Sinovac em Pequim em novembro.

    O Chile se tornou o primeiro país da América do Sul a iniciar a vacinação contra o Covid-19 com a chegada de 10.000 doses da vacina Pfizer-BioNTech na véspera de Natal. Desde então, o país recebeu um total de 154 mil doses da vacina Pfizer.

    O último lote de 43.875 doses foi entregue ao Chile da Bélgica na manhã de quarta-feira, apesar da farmacêutica na semana passada ter dito que haveria atrasos na entrega de seu hub europeu.

    O Chile imunizou até agora 29.368 pessoas com uma dose da vacina Pfizer, em grande parte trabalhadores da saúde e, recentemente, também aposentados, e 8.360 receberam a segunda dose, de acordo com dados do ministério da saúde.

    O ISP do Chile também está avaliando a aprovação da vacina da AstraZeneca para uso emergencial – o Chile já encomendou 14,4 milhões de doses. 

    (Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês).

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