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    “Cheio de mentiras”: diplomata palestino reage ao discurso de Netanyahu nos EUA

    Premiê israelense defendeu operação militar na Faixa de Gaza e defendeu erradicação do Hamas

    Ismael KhaderYosri AljamalNuha Sharafda Reuters

    Os palestinos reagiram fortemente nesta quinta-feira (25) ao discurso do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ao Congresso dos EUA na quarta-feira (24).

    “Total absurdo, cheio de grandes mentiras e apoiado por uma comédia teatral absurda dos membros do congresso que são geralmente inimigos ideológicos da causa palestina”, disse o ministro-adjunto palestino das Relações Exteriores, Omar Awadallah, explicando que a recepção de Netanyahu no congresso foi um lapso.

    O residente palestino em Hebron, Mohammed Nasser, achou natural que Netanyahu fosse recebido como foi pelo Congresso dos EUA.

    “Não seria normal se eles não aplaudissem tanto, porque são todos sionistas, o que se espera dos sionistas globais”, disse ele.

    Na quarta-feira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, dirigiu-se ao congresso americano e, no seu discurso, Netanyahu esboçou um plano vago para uma Gaza “desradicalizada” do pós-guerra e elogiou uma potencial aliança futura entre Israel e os aliados árabes da América.

    Netanyahu atribuiu os relatos de fome em Gaza ao Hamas, o grupo militante que governa o enclave palestino, e insistiu que Israel estava protegendo os civis ali. Ele disse que Israel está intensamente engajado nos esforços para libertar os restantes reféns detidos pelo Hamas.

    Num discurso que durou cerca de uma hora e foi repetidamente interrompido por aplausos, Netanyahu procurou reforçar o apoio dos EUA a Israel, especialmente o fornecimento de armas, face à crescente censura internacional após mais de nove meses de conflito no enclave palestiniano que ameaça se tornar conflito regional mais amplo. Mais de 39 mil palestinos foram mortos e 90.403 ficaram feridos na ofensiva militar israelense em Gaza desde 7 de outubro, disse o Ministério da Saúde de Gaza em comunicado nesta quinta-feira.

    Quase toda a população de Gaza foi deslocada em meio à nova ofensiva israelense

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