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    Chefe militar das Filipinas acusa China de “influência maligna” após reportagem

    Vice-almirante teria feito acordo com Pequim para diminuir as tensões no Mar do Sul da China

    Karen Lemada Reuters

    O chefe militar das Filipinas acusou a China de um “esforço de influência maligna” nesta quarta-feira (8) depois que um jornal local noticiou que um vice-almirante filipino havia feito um acordo com Pequim para diminuir as tensões no Mar do Sul da China.

    O jornal filipino Manila Times publicou o que seria uma transcrição de uma conversa por telefone, na qual um almirante filipino teria concordado com a proposta da China de um “novo modelo”.

    Com o “novo modelo”, as Filipinas usariam menos navios em missões de reabastecimento às tropas na área do disputado recife de Second Thomas Shoal e notificariam a China sobre as operações com antecedência.

    “A alegação da China [da existênia] de uma gravação de áudio… não merece preocupação significativa, pois parece ser um esforço de influência maligna do Partido Comunista Chinês”, disse o chefe militar Romeo Brawner em comunicado.

    “As transcrições podem ser facilmente inventadas e as gravações de áudio podem ser criadas usando falsificações profundas. Essas reportagens visam apenas servir como uma distração do comportamento agressivo contínuo da guarda costeira da China”, adicionou.

    A Reuters não ouviu a conversa telefônica relatada e não conseguiu verificar o conteúdo da transcrição publicada.

    O Manila Times afirmou que a conversa ocorreu em janeiro e que a transcrição foi fornecida por uma “autoridade chinesa”, cujo nome não foi identificado.

    O recife foi foco de uma série de confrontos acalorados entre a guarda costeira da China e os navios filipinos no ano passado, o que prejudicou a relação entre os dois vizinhos.

    As Filipinas se recusaram a atender aos apelos da China para se afastarem da área.

    A embaixada da China em Manila não respondeu aos pedidos de comentários sobre a transcrição publicada pelo Manila Times. Não houve resposta imediata à declaração de Brawner.

    “Fatos são claros”, diz ministério

    O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, disse nesta quarta-feira que a embaixada em Manila divulgou detalhes sobre “comunicações relevantes” entre os dois países sobre a situação no recife Second Thomas Shoal. Entretanto, Lin não deu mais detalhes.

    “Os fatos são claros e apoiados por evidências concretas que não podem ser negadas”, destacou o porta-voz.

    “As Filipinas insistiram em negar esses fatos objetivos e procuram enganar a comunidade internacional”, adicionou.

    Os dois países estão envolvidos em uma série de impasses em áreas disputadas do Mar da China, à medida que Filipinas, encorajada pelo apoio dos Estados Unidos e de outros aliados, intensifica suas atividades em águas policiadas pela guarda costeira chinesa.

    A China acusou as Filipinas de invasão e traição. As Filipinas repreenderam Pequim pelo que consideram ser uma política de agressão com manobras perigosas dentro da zona econômica exclusiva de Manila.

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