Chefe da inteligência de Israel deve retomar negociação de cessar-fogo no Catar neste domingo
Negociações entre o chefe do Mossad, David Barnea, o primeiro-ministro do Catar e as autoridades egípcias se concentrarão nas lacunas remanescentes entre Israel e o Hamas
O chefe da inteligência israelense deve liderar negociações de cessar-fogo com mediadores, que serão retomadas no Catar neste domingo (17), disse à Reuters neste sábado (16) uma fonte próxima às negociações.
As negociações entre o chefe do Mossad, David Barnea, o primeiro-ministro do Catar e as autoridades egípcias se concentrarão nas lacunas remanescentes entre Israel e o Hamas, incluindo a libertação de prisioneiros e a ajuda humanitária, disse a fonte.
Israel havia dito na sexta-feira que enviaria uma delegação a Doha, mas não especificou quando o faria ou quem participaria. Esperava-se que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu convocasse o gabinete de segurança antes das negociações.
As autoridades israelenses não responderam imediatamente a um pedido de comentário.
Barnea esteve envolvido em iniciativas anteriores significativas para um acordo.
Uma trégua de curta duração em novembro foi acordada e entrou em vigor após a sua participação nas conversações em Doha.
A sua última reunião com o primeiro-ministro do Catar, em janeiro, levou a uma proposta de cessar-fogo temporário que o Hamas acabou rejeitando.
O Hamas apresentou esta semana uma nova proposta de cessar-fogo aos mediadores e aos Estados Unidos, que inclui a libertação de reféns israelenses em troca da liberdade de prisioneiros palestinos.
Os repetidos esforços para chegar a um cessar-fogo e à troca de reféns por prisioneiros fracassaram este ano, apesar da crescente pressão internacional sobre o custo humano do ataque terrestre e aéreo de Israel a Gaza.
A guerra começou em 7 de outubro, quando o Hamas enviou combatentes a Israel, matando 1.200 pessoas, a maioria civis, e fazendo 253 reféns, de acordo com os registros israelenses.
A campanha militar de Israel matou mais de 31.500 palestinos, cerca de 70% deles mulheres e crianças, segundo o ministério da saúde em Gaza, controlado pelo Hamas.