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    Charles III teve a melhor preparação para um chefe de Estado, diz ex-embaixador

    Rei da Inglaterra foi coroado aos 74 anos neste sábado (6) na Abadia de Westminster

    Da CNN*

    Marcos Azambuja, ex-embaixador do Brasil na França e na Argentina, afirmou que o Rei Charles III teve a melhor preparação para um chefe de Estado em entrevista a Rafael Colombo durante a transmissão da coroação na CNN neste sábado (6).

    Ele destacou que o monarca teve 74 anos para se preparar para o posto, contou com ensinamentos valiosos de sua mãe — Rainha Elizabeth II — e chega ao trono “totalmente preparado”.

    “De todos os privilégios que a função lhe deu, o maior foi o tempo. Ele teve tempo para amadurecer, ele teve tempo para aprender, ele teve tempo para polir as arestas. Ele teve a melhor preparação que um chefe de Estado jamais teve. Foi treinado para isso ano após ano”, afirmou o embaixador.

    O conselheiro emérito do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) revelou que foi designado para acompanhar o rei recém-coroado em uma viagem de 11 dias que percorreu vários estados brasileiros e afirmou que Charles III gosta do Brasil.

    “Eu estou assistindo essa cerimônia como uma pessoa que sabe que ele tem com o Brasil a mais afetuosa disposição. Ele acha graça na gente, ele se sente à vontade entre nós”, declarou.

    Azambuja também disse sentir pena dos manifestantes republicanos que protestaram durante a procissão que antecedeu a coroação e defendeu a tese de que a Inglaterra tem vocação para a monarquia.

    “Eu fico com pena desses republicanos heroicos que estão aí enfrentando essa multidão imensamente hostil a eles porque a identidade inglesa está ligada à monarquia. Não estou defendendo a monarquia, estou dizendo que há um nexo tão profundo entre ser inglês e acertar a monarquia que esses esforços são sempre fadados ao insucesso”.

    O embaixador destacou o caráter religioso da cerimônia de coroação e declarou que a legitimidade do reinado de Charles III vem da vontade divina, já que ele assume também o posto de chefe da Igreja Anglicana.

    “É uma cerimônia que se dá numa abadia em que a legitimidade vem da vontade de Deus. O rei da Inglaterra é feito por vontade de Deus”, disse.

    *Publicado por Flavio Ismerim, com informações de Rafael Saldanha