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    CEO do Telegram, acusado de ser pró-russo, escreveu um artigo para provar que não é

    Russo Pavel Durov, fundador da plataforma de mensagens instantâneas, disse que se recusou a cumprir exigências das autoridades russas e precisou deixar o país

    João Guerreiro Rodriguesda CNN

    Pavel Durov, fundador e CEO da plataforma de mensagens instantâneas Telegram, recorreu à sua própria plataforma para explicar a sua posição e a da empresa em relação à invasão russa da Ucrânia, destacando que vai defender a privacidade dos dados dos cidadãos ucranianos.

    O Telegram tem sido fundamental para os ucranianos manterem uma linha de comunicação privada entre si desde que a invasão do território ucraniano começou, no dia 24 de fevereiro.

    Em uma publicação no seu canal de Telegram, Durov recordou que tem ligações familiares na Ucrânia do lado da mãe e que ainda tem “muitos familiares vivendo na Ucrânia”. Recordou também como a sua carreira na Rússia acabou.

    “Há nove anos, eu era CEO da VK, que era a maior rede social operando na Rússia e na Ucrânia. Em 2013, a Agência de Segurança Russa, o FSB, exigiu que eu fornecesse os dados privados dos cidadãos ucranianos que utilizavam o VK e que estavam protestando contra o presidente pró-russo”, escreveu.

    Durov diz que se recusou a cumprir as exigências das autoridades russas, mas a escolha lhe saiu cara, disse. Perdeu o cargo de diretor-executivo da empresa tecnológica que tinha fundado e teve de abandonar o país. “Perdi a minha empresa e a minha casa, mas voltaria a fazê-lo – sem hesitar”, acrescentou.

    “Muitos anos passaram desde então. Muitas coisas mudaram: eu já não vivo na Rússia e não tenho empresas ou empregados lá. Mas uma coisa mantém-se igual – eu ainda defendo os nossos usuários. O direito à privacidade deles é sagrado. Agora mais do que nunca.”

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