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    Cenas em Bucha mostram “face brutal da guerra de Putin”, diz von der Leyen à CNN

    Presidente da Comissão Europeia visitou a Ucrânia nesta sexta-feira (8) e concedeu entrevista à Christiane Amanpour

    Vinícius Tadeuda CNN*

    Em entrevista à Christiane Amanpour, da CNN, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, classificou a morte de civis na cidade ucraniana de Bucha como “uma atrocidade, algo impensável e chocante, é a face brutal da guerra de Putin“.

    Nesta sexta-feira (8), von der Leyen visitou Bucha enquanto investigadores forenses começaram a exumar os corpos de uma cova coletiva. A Rússia nega ter atacado civis, e já chamou as alegações de que as tropas russas executaram civis de “encenação monstruosa” com o objetivo de difamar as forças do país.

    Conversando com Christiane Amanpour em Kiev, a presidente da Comissão Europeia afirmou que o bloco tem “a determinação de não deixar Putin fazer isso e para isso ele tem que fracassar, e a Ucrânia tem de vencer essa batalha com o nosso apoio”.

    Von der Leyen disse que o aumento de sanções e apoio financeiro às tropas ucranianas estão em discussão, e que certamente a Ucrânia “terá mais armas”.

    “Viemos aqui para Kiev com o compromisso financeiro de 500 milhões a mais em armas, também conversei com o primeiro-ministro sobre a sua necessidade, portanto o fluxo de armamentos está melhor agora para a Ucrânia para que possam se defender e também lutar por nossas democracias”, pontuou.

    Possível punição à Hungria

    Durante a entrevista com Amanpour, von der Leyen ainda afirmou que a Hungria quebrará as sanções da UE se cumprir sua promessa de pagar pela energia russa em rublos.

    “Fizemos uma análise do decreto de Putin, e o caso legal é muito claro. O que Putin está sugerindo – transformar euros em rublos e depois pagar a conta do gás – seria uma violação das sanções. Se você fizer isso, pagar em rublos, violar as sanções, contornar as sanções que impomos à Rússia”, disse a presidente da Comissão Europeia.

    O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, havia indicado que seu país estaria disposto a pagar o gás russo em rublos depois que o presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto exigindo que “países hostis” fossem obrigados a pagar pelo gás na moeda.

    A UE estava em discussões com Budapeste, disse Von der Leyen à CNN.

    “Até agora, a Hungria aderiu às sanções, então até que não observemos o contrário, está tudo bem. Nunca antes vimos a União Europeia tão unida, tão determinada, tão rápida. E acho que para cada um de nossos estados-membros, também uma pergunta, quero ser o primeiro a quebrar essa unidade? Acho que não”, disse ela.

    *Com informações de Emmet Lyons e Arnaud Siad, da CNN

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