Catorze países e chefe da OMS acusam China de reter dados da origem da pandemia
Governos alegam que a comitiva da entidade que esteve em Wuhan para investigar a origem do coronavírus teve acesso limitado 'a dados e amostras originais'
A tentativa era a de oferecer uma visão ampla sobre as origens da pandemia da Covid-19, mas desde a divulgação da pesquisa feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para mapear a origem do coronavírus, na terça-feira (30), a ONU tem recebido críticas de governos do mundo inteiro.
As alegações são de que a investigação foi feita de forma incompleta e sem transparência.
Em uma declaração conjunta, os Estados Unidos e 13 outros governos, incluindo o Reino Unido, Austrália e Coreia do Sul, expressaram preocupação com o acesso limitado do estudo a “dados e amostras originais completos”.
A União Europeia emitiu nota destacando as mesmas preocupações, porém em um tom mais suave.
A crítica se manteve mesmo após a declaração do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que afirmou que os investigadores enfrentaram problemas durante sua missão de quatro semanas na cidade chinesa de Wuhan, onde o coronavírus foi detectado pela primeira vez em dezembro de 2019.
Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (30), Tedros inclusive pareceu contradizer as descobertas centrais do estudo, sugerindo até que a teoria de que o vírus escapou de um laboratório de Wuhan deve ser investigada.
O relatório enfatiza que tal possibilidade é “extremamente improvável” e não recomenda mais pesquisas sobre a hipótese.
(Este texto é uma tradução. Para ler a versão original, em inglês, clique aqui.)