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    Casa Branca não diz se suspensão de inteligência à Ucrânia é temporária

    Medida vem após suspensão de ajuda militar dos EUA à Ucrânia; Zelensky e Trump discutiram na sexta (28)

    Kit Maherda CNN

    A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, não confirmou se a suspensão de apoio de Inteligência dos Estados Unidos à Ucrânia é temporária ou permanente.

    “O que o Conselho de Segurança Nacional me disse em relação a isso foi que eles pausaram, ou estão reconsiderando, o financiamento para a Ucrânia. Quanto a questões de Inteligência, eu a encaminharia ao Conselho de Segurança Nacional ou à CIA”, respondeu Leavitt a uma pergunta de Kaitlan Collins, da CNN.

    Questionada por Collins se o governo está considerando restabelecer a ajuda militar destinada à Ucrânia, Leavitt afirmou que “é uma pausa para revisão”.

    Declarações do conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz, e do diretor da CIA, John Ratcliffe, nesta quarta-feira (5) indicaram que a suspensão de apoio de Inteligência dos EUA à Ucrânia está em vigor, mas a extensão das limitações não está clara.

    As duas autoridades também sugeriram que a pausa pode ser curta – dependendo das medidas da Ucrânia em direção às negociações para acabar com a guerra com a Rússia.

    Donald Trump, o vice-presidente dos EUA, JD Vance, e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky tiveram uma reunião tensa na Casa Branca na última sexta-feira (28).

    Entenda a guerra entre Rússia e Ucrânia

    A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin. Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.

    Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.

    As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.

    O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.

    A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.

    O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.

    O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto. 

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