Casa Branca espera conter tensões com China por visita de Pelosi a Taiwan
Governo dos Estados Unidos afirma esperar que não haja escalada para um conflito armado
O governo dos Estados Unidos quer impedir que as tensões entre Washington e Pequim, inflamadas pela visita da presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan, se transformem em um conflito, disse o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, nesta terça-feira (2).
Em uma entrevista coletiva, Kirby mencionou que a presidente da Câmara tinha o direito de visitar a ilha, mas também sublinhou que a visita não representa uma violação da soberania chinesa ou da política de longa data dos EUA.
“O que não queremos ver é que isso transborde para qualquer tipo de crise ou conflito. Simplesmente não há motivo para amplificar isso”, afirmou.
Pelosi chegou a Taiwan nesta terça em uma viagem que, segundo ela, mostra um compromisso norte-americano inabalável com a ilha autogovernada e reivindicada pelos chineses.
A China, por outro lado, condenou a visita do mais alto escalão dos EUA em 25 anos como uma ameaça à paz e à estabilidade no Estreito de Taiwan.
Aviões de guerra chineses sobrevoaram a linha que divide o Estreito antes da sua chegada, e o Exército chinês anunciou exercícios conjuntos por ar e por terra perto de Taiwan, começando na noite de terça-feira, e testes de mísseis convencionais no mar ao leste da ilha.
A agência de notícias estatal chinesa Xinhua descreveu exercícios com munições reais e outras atividades perto de Taiwan marcados para quinta-feira (4) e domingo (7).
Kirby também disse que os EUA continuarão a operar nos mares e céus do Pacífico Ocidental.