Carro atropela multidão e mata seis pessoas na Bélgica
Entre 150 e 200 pessoas estavam reunidas para se preparar para o desfile anual de carnaval no país
Um carro colidiu em alta velocidade com um grupo de carnavalescos belgas que preparava um desfile na manhã deste domingo (20), matando seis pessoas e ferindo gravemente outras dez, disseram autoridades locais.
“Não há elementos que sugiram que o ataque teve motivação terrorista”, disse o promotor Damien Verheyen, em entrevista coletiva.
A polícia negou relatos da mídia de que o carro estava envolvido em uma perseguição em alta velocidade.
O incidente ocorreu na vila de Strepy-Bracquegnies, no sul da Bélgica. Jacques Gobert, prefeito da cidade vizinha de La Louviere, declarou que entre 150 e 200 pessoas estavam reunidas para se preparar para o desfile anual, envolvendo fantasias e tambores, quando o veículo apareceu.
“Um carro em alta velocidade atingiu a multidão (…) O motorista então continuou seu caminho”, disse Gobert.
As duas pessoas que estavam no veículo – posteriormente interceptado – foram detidas. A polícia disse que eles eram moradores locais na faixa dos 30 anos e não eram conhecidos anteriormente pela polícia.
A ministra do Interior belga, Annelies Verlinden, também se pronunciou sobre o ocorrido.
“As mais profundas condolências às famílias e amigos dos mortos e feridos no incidente desta manhã em Strépy. O que era para ser uma grande festa se transformou em um drama. Estamos monitorando a situação de perto”.
Diep medeleven met de familie en vrienden van de mensen die omgekomen en gewond zijn bij het incident vanochtend in Strépy. Wat een mooi feest moest worden, draaide uit op een drama. We volgen de situatie op de voet.
— Annelies Verlinden (@AnneliesVl) March 20, 2022
Atirar veículos contra multidões se tornou mais comum como arma usada por militantes na Europa e supremacistas brancos nos Estados Unidos porque esses ataques são baratos, fáceis de organizar e difíceis de prevenir, dizem especialistas. A Bélgica tentou erradicar pessoas suspeitas de ligações extremistas nos últimos sete anos.
Uma célula do Estado Islâmico com sede em Bruxelas esteve envolvida em ataques a Paris em 2015 que mataram 130 pessoas e a Bruxelas em 2016, nos quais 32 morreram.