Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Câmara dos EUA aprova projeto de lei antissemitismo em meio a protestos

    Críticos dizem que legislação pode levar a questões de censura se for aplicada

    Policiais de Nova York prendem dezenas de estudantes pró-palestinos na Universidade de Columbia
    Policiais de Nova York prendem dezenas de estudantes pró-palestinos na Universidade de Columbia Selcuk Acar/Anadolu via Getty Images

    Clare ForanKristin WilsonHaley Talbotda CNN

    A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou nesta quarta-feira (1) um projeto de lei que expande mais amplamente a definição sobre o que pode ser considerado antissemitismo, como é chamada a discriminação contra judeus. O texto foi colocado em votação após o surgimento de protestos pró-palestinos em universidades de todo o país por causa da guerra entre Israel e o Hamas.

    Os defensores da legislação dizem que a lei ajudará a combater o antissemitismo nas faculdades. Já os opositores dizem que a lei ameaça a liberdade de expressão.

    O projeto teve 320 votos a favor e 91 contrários. Entre eles, 70 democratas e 21 republicanos votaram contra a lei.

    A lei determina o Departamento de Educação use como base para eventuais punições, leis federais antidiscriminação. Atualmente, o Departamento usa a definição de antissemitismo apresentada pela Aliança Internacional pela Lembrança do Holocausto.

    Os críticos do projeto de lei argumentam que a definição é excessivamente expansiva e pode levar a questões de censura.

    Protestos nas universidades

    Mais de 1.000 pessoas foram presas em protestos em universidades nos EUA desde o dia 18 de abril. Manifestantes foram detidos em mais de 25 campi em pelo menos 21 estados.

    Na prestigiada Universidade de Columbia, em Nova York, estudantes acamparam e depois invadiram o Hamilton Hall. Eles barricaram e trancaram as portas na entrada. Os alunos só saíram após ação da polícia, que prendeu dezenas de pessoas.

    A ação aconteceu depois que o Departamento de Polícia de Nova York recebeu uma carta da Universidade de Columbia autorizando que entrassem no campus, disse à CNN uma fonte policial familiarizada com a situação.

    No geral, estudantes pedem que as universidades cortem relações com empresas ligadas à Israel. As especificidades das exigências de desinvestimento dos manifestantes estudantis variam em âmbito de escola para escola.

    A coligação em Columbia quer que a universidade retire US$ 13,6 bilhões de investimento de qualquer empresa ligada a Israel ou de empresas que estejam lucrando com a guerra Israel-Hamas. Os líderes dos protestos mencionaram a venda de ações de grandes empresas em discursos.

    Com a intensificação da violência e também o risco de expulsão, parte dos alunos também pede a assistia após o fim dos protestos.