Califórnia é o primeiro estado dos EUA a exigir vacina de Covid-19 para estudantes
Medida será adotada por ordem de nível escolar, afirma o governador Gavin Newsom
A Califórnia adicionará a vacina contra a Covid-19 às imunizações exigidas para frequentar a escola presencialmente, anunciou o governador Gavin Newsom, em São Francisco, nesta sexta-feira (1). A Califórnia é primeiro estado norte-americano a adotar a medida.
Os requisitos serão implementados por ordem de nível escolar, e começarão a ser exigidos somente depois que a Food and Drug Administration (FDA) aprovar totalmente a vacina para aquele grupo, disse o gabinete do governador em um comunicado à imprensa.
“Pretendemos (ter a exigência) assim que o FDA aprovar totalmente a vacina, o que nos dará tempo para trabalhar com os distritos, tempo para trabalhar com pais e educadores para construir mais confiança e segurança e desenvolver logística para que possamos cumprir o que estamos promovendo aqui hoje”, disse Newsom.
Os alunos que estão em séries que exigem vacinação, mas são mais jovens do que a faixa etária para a qual o FDA aprova as vacinas, serão obrigados a receber a vacina assim que atingirem a idade de aprovação total, disse o gabinete do governador.
O requerimento passa a valer na data que vai de acordo com a aprovação total do FDA, seja 1º de janeiro ou 1º de julho; acrescentou o gabinete do governador em seu comunicado.
“Com base nas informações atuais, espera-se que o requisito se aplique às séries 7-12 a partir de 1º de julho de 2022”, disse o comunicado. “No entanto, as jurisdições locais de saúde e as agências locais de educação são incentivadas a implementar os requisitos antes com base nas circunstâncias locais.”
A medida será uma condição para a aula presencial; embora o estudo de casa seja uma opção para alunos não vacinados. O esforço visa proteger as crianças e mantê-las aprendendo presencialmente, disse o escritório de Newsom.
“Isso vai acelerar nosso esforço para acabar com a pandemia”, disse Newsom a Ana Cabrera, da CNN, minutos após fazer o anúncio. “Já exigimos 10 vacinas. De qualquer maneira, este é provavelmente o anúncio mais previsível.”
“Tenho quatro filhos pequenos. Não aguento mais. Sou como a maioria dos pais, quero deixar isso para trás, fazer a economia andar de novo, garantir que nossos filhos nunca tenham que se preocupar em receber uma ligação dizendo que não podem ir à escola no dia seguinte porque uma das crianças ou um funcionário testou positivo”, acrescentou o governador.
O FDA autorizou a vacina Covid-19 da Pfizer para adolescentes com idades entre 12 e 15 anos em maio. E em agosto, a agência concedeu a aprovação total à vacina da Pfizer para jovens com 16 anos ou mais.
No final do mês passado, a Pfizer e a BioNTech disseram que enviaram os dados da vacina contra a Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos ao FDA, para uma revisão inicial, mas afirmaram que ainda não estão buscando autorização para uso de emergência.
Espera-se que um pedido formal de autorização de uso de emergência para a vacina seja feito nas próximas semanas, disseram as empresas.
A Moderna também enviou dados ao FDA para a aprovação definitiva de sua vacina contra a Covid-19 em pessoas com 18 anos ou mais, e solicitou uma revisão prioritária da agência. A farmacêutica também enviou dados ao FDA solicitando a autorização de uso emergencial da vacina para adolescentes de 12 a 17 anos.
A Johnson & Johnson, cuja vacina foi autorizada para pessoas com 18 anos ou mais, diz que está em “discussões ativas com autoridades regulatórias sobre nosso plano de desenvolvimento e projetos de testes” para adolescentes e crianças, que espera iniciar os testes no outono.
(Texto traduzido, leia original em inglês aqui)
