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    Caderno encontrado nos escombros da Síria relembra momentos alegres do passado

    Nas páginas, o autor se lembra de celebrar o Eid em casa com amigos e entes queridos antes da guerra civil

    Um membro dos Capacetes Brancos examina um caderno encontrado nos escombros
    Um membro dos Capacetes Brancos examina um caderno encontrado nos escombros Defesa Civil da Síria

    Raja RazekCeline Alkhaldida CNN

    À medida que a esperança se esvai para os sobreviventes do terremoto da semana passada que devastou o noroeste da Síria, um caderno encontrado nos escombros relembra dias mais felizes.

    Na segunda-feira (13), a organização humanitária Os Capecetes Brancos publicou imagens que relembram uma época em que a região não foi devastada por uma guerra civil de uma década.

    Em uma entrada, o autor se lembra de celebrar o Eid (tradição mulçumana que marca o fim do jejum do Ramadã) em casa com amigos e entes queridos.

    Esses momentos de alegria são passageiros. O autor descreve a alegria do Eid como “se fosse interminável”.

    O autor escreve sobre a saudade do que eles chamam de momentos que há muito se perderam. Eid agora não é mais um dia de riso, mas um dia de lágrimas e saudade.

    Os socorristas esperam encontrar o autor do caderno.

    “A visão dos cadernos partiu meu coração”, disse Muhammad, um voluntário dos Capacetes Brancos em Jindiris, de acordo com o tweet.

    “Meus pensamentos se voltaram para meus próprios filhos. Não parei por um momento enquanto procurava. Nossa esperança era para encontrar uma criança, mulher ou pai e reuni-los com sua família”.

    Para os sírios, o terremoto é apenas a mais recente de uma série de tragédias que já duram uma década.

    A maioria das vítimas estava em uma região que já lutava para reconstruir a infraestrutura vital fortemente danificada pelo bombardeio aéreo durante a guerra civil do país, que a ONU estima ter ceifado a vida de pelo menos 300.000 civis desde 2011.

    Metade da população de 4,6 milhões do noroeste da Síria foi forçada a deixar suas casas pelo conflito, com 1,7 milhão agora vivendo em tendas e campos de refugiados na região, de acordo com a agência da ONU para crianças, Unicef.

    No ano passado, a agência informou que 3,3 milhões de sírios na área estavam em situação de insegurança alimentar.

    “É uma crise dentro da crise”, diz Leena Zahra, uma trabalhadora humanitária sírio-americana focada em aumentar o acesso à saúde mental para pessoas deslocadas globalmente.

    “Esta tragédia afetará crianças, famílias inteiras, algumas que foram deslocadas mais de 20 vezes. Isso apenas aumentará o impacto psicológico que eles já enfrentaram”.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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