Buenos Aires decreta ‘rodízio de pessoas’ por documento nos fins de semana
Prefeito Larreta flexibiliza a quarentena na capital Argentina e permite que crianças e jovens saiam acompanhados dos pais nos finais de semana durante 1 hora
O prefeito Horacio Rodríguez Larreta flexibilizou a quarentena em Buenos Aires e adotou uma medida incomum, mesmo em tempos de pandemia. A capital decretou um rodízio de documentos para que adultos possam sair de casa com os filhos aos finais de semana.
As saídas são permitidas a partir da terminação do número do Documento Nacional de Identificação argentino (DNI), uma espécie de RG. Aqueles que têm documento com final par podem sair em dias pares, e os outros com terminação ímpar, nos dias ímpares.
A medida passa a valer a partir do próximo sábado (16) e é válida somente nos finais de semana para caminhadas de uma hora com crianças e adolescentes de até 15 anos.
O governo da cidade também anunciou, na última sexta-feira (8), que 18 ruas e avenidas serão interditadas para servir de calçada para os pedestres, a fim de garantir o distanciamento social.
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Buenos Aires reabriu comércios nesta terça-feira (12) e teve recorde no número de infectados, chegando 155 infectados na cidade, dos 288 casos no país em apenas um dia. Em toda a Argentina já são registrados 6,563 casos, de acordo com o centro de pesquisa Johns Hopkins.
Epicentro da Covid-19, a volta do 50% das atividades tem gerado atritos com o governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, que pertence ao partido oficialista do presidente Alberto Fernández, Frente de Todos.
Com mais de 600 infectados detectados em apenas uma semana, as favelas portenhas são um foco de grande preocupação. O governo tem tomado medidas de prevenção como a realização de testes PCR e a instalação de hospitais de campanha na entrada das comunidades. O aumento de casos nas casas de idosos também gera preocupação e obrigam as autoridades a reforçar protocolos.
Após rejeitar a proposta agressiva de renegociação da divida externa, os credores internacionais já falam em um novo default argentino. O presidente Alberto Fernández abriu o jogo e pediu, em entrevista, que façam uma contraoferta. Se isso não acontecer até 22 de maio, a Argentina dará um novo calote.
A repercussão no mercado foi de aumento do dólar paralelo que está perto de duplicar o valor do dólar oficial. A economia do país opera hoje a 40% na informalidade, e, sendo assim, é condicionada pelo valor paralelo. O dólar oficial nesta quarta-feira (13) vale, na Argentina, ARS$ 67,4. Já o paralelo, ultrapassa o valor de cem pesos argentinos.