Brasileiros são empossados cardeais; conheça os religiosos
Dom Paulo Cezar Costa, arcebispo Metropolitano de Brasília, e Dom Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo Metropolitano de Manaus foram nomeados cardeais neste sábado (27)
Os brasileiros Dom Paulo Cezar, arcebispo de Brasília, e Dom Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus, tomaram posse como cardeais da Igreja Católica neste sábado (27). Religiosos neste grupo são os principais conselheiros do Papa Francisco e de administradores do Vaticano ao redor do mundo.
Eles foram escolhidos pelo pontífice no dia 29 de maio e assumiram o cargo com outros 18 em uma cerimônia conhecida como consistório. Ambos têm menos de 80 anos, podendo integrar o colégio eleitoral que escolherá o próximo papa.
Francisco, eleito pontífice em 2013, escolheu 83 dos 132 cardeais eleitores, cerca de 63% do grupo.
Conheça Dom Paulo Cezar Costa
Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa, 54, é natural da cidade de Valença, no Rio de Janeiro. Foi ordenado sacerdote em 1992, na Diocese de Valença. Foi pároco, reitor do seminário e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC).
O religioso é graduado em teologia pelo Instituto Superior de Teologia da Arquidiocese do Rio de Janeiro (1991), mestre em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana (1998) e doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana (2001).
Foi nomeado Arcebispo de Brasília, pelo Papa Francisco, em 2020, tendo tomado posse na Solenidade de Nossa Senhora de Guadalupe, no dia 12 de dezembro.
Sobre Dom Leonardo Ulrich Steiner
Da congregação Ordem dos Frades Menores, Dom Leonardo Ulrich Steiner, 71, nasceu em Forquilhinha, em Santa Catarina.
O religioso estudou filosofia e teologia nos Franciscanos de Petrópolis. Formado em filosofia e pedagogia na Faculdade Salesiana de Lorena, foi ordenado sacerdote em 1978.
Em 2019, foi nomeado pelo papa Francisco como Arcebispo Metropolitano de Manaus.
Como funciona o colégio eleitoral
O Papa pode nomear cardeais, que são seus principais conselheiros e administradores do Vaticano. Muitos deles permanecem por lá, mas outros continuam os trabalhos em dioceses ao redor do mundo.
Aqueles com menos de 80 anos são cardeais eleitores, ou seja, participam da cerimônia chamada “conclave”, que elege um novo Pontífice no caso da morte do que estava no cargo ou renúncia.
Francisco, eleito Pontífice em 2013, escolheu 83 dos 132 cardeais eleitores, cerca de 63% do grupo. A lei da Igreja estipula um máximo de 120 eleitores, mas os papas ignoram isso regularmente, principalmente porque o número de escolhidos diminui à medida que outros cardeais completam 80 anos e perdem a elegibilidade para votar.
Os cardeais se juntam presencialmente na Capela Sistina, onde a eleição é feita por meio de cédulas — eles não podem votar em si mesmos. Aquele que obtiver dois terços do eleitorado é será o novo papa.
Se não houver maioria, uma nova votação acontece — e a fumaça preta sai da chaminé do Vaticano. Isso prossegue até que um novo Pontífice seja escolhido. Quando isso acontece, a fumaça branca anuncia o consenso.
Com informações da Reuters, CNN e da Vatican News