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    Brasileiros relatam como sobreviveram ao ataque às Torres Gêmeas

    Estimativa do Itamaraty é de que três brasileiros tenham morrido no atentado ao World Trade Center

    Bruna Macedoda CNN

    em São Paulo

    A estimativa do governo americano é de que cerca de 17.400 pessoas estavam no World Trade Center no dia 11 de Setembro de 2001. Alguns dos que trabalhavam nas Torres Gêmeas eram brasileiros que, felizmente, sobreviveram aos ataques.

    O empresário Tácito Cury trabalhava em uma escola na torre sul do World Trade Center. Pouco depois de descer na estação do metrô, que ficava dentro do prédio, ele se deu conta do que estava acontecendo.

    ”Era uma mistura do barulho das sirenes com as escavadeiras e o silêncio da cidade. Você não ouvia a cidade, não ouvia o trânsito da cidade. Você ouvia o barulho das escavadeiras, de ambulância, de pessoas chorando, rezando”, relata o brasileiro.

    Vinte anos depois do atentado, a memória de Tácito remonta algumas cenas, envolvendo objetos e imagens simbólicas para quem viveu de perto o ataque às Torres Gêmeas.

    “Pessoas que não conseguiam andar, cadeiras de rodas viradas, crianças perdendo brinquedos. Lá, o saguão era muito pequeno, eram aquelas portas giratórias onde poucas pessoas conseguiam sair”, diz. Ao mesmo tempo, ele recorda dos bombeiros e policiais que entravam no prédio buscando retirar os sobreviventes.

    No dia seguinte, ao ler os jornais, Tácito viu que havia sido professor de inglês de Marwan Al-shehhi, considerado pelo FBI o piloto do segundo avião que atingiu o prédio.

    “Quando eu comecei a buscar na minha memória, eu sabia quem era, eu sabia de onde veio, eu sabia que eu tinha tido um contato com ele”, diz. Tácito ligou para as autoridades informando que sabia quem era o homem identificado. “Ele era uma pessoa muito ‘na dele’, mas ainda uma pessoa muito sorridente. Nunca me deu a entender que ele fosse o que viria a ser”.

    A empresária Stéphanie Habrich, que nasceu na Alemanha, mas foi criada no Brasil, trabalhava em um dos primeiros andares e conseguiu sair do prédio em poucos minutos. Sem entender o que acontecia, restou-lhe assistir da calçada as cenas de terror.

    O economista Larry de Faria Júnior trabalhava no 25º andar da torre norte quando o prédio de 100 andares balançou pela primeira vez. ”Eu já estava há mais de uma hora no trabalho e senti aquela pancada terrível, aquele barulho, aquela explosão. O prédio fez um movimento de pêndulo até cair de novo no eixo. Eu olhei para o meu colega do lado e disse, olha, isso aqui vai cair. Vamos sair daqui.”

    Vinte anos depois, as autoridades ainda não conseguiram chegar a um consenso sobre o número de brasileiros que morreram nos ataques. A prefeitura de Nova York afirma que cinco pessoas nascidas aqui no país estão entre as vítimas. Já o Itamaraty diz ter conhecimento de três brasileiros mortos no atentado de 11 de Setembro de 2001.

    Especial

    CNN Brasil apresentou uma programação especial neste sábado, 11/09, em transmissão simultânea com a CNN americana e com correspondentes espalhados pelos Estados Unidos, em homenagem às vítimas do atentado que completa 20 anos. Confira: