Brasileiros na Europa vão até a Polônia para ajudar refugiados da Ucrânia
Grupo organizou vaquinha online para ajudar nos custos de combustível e alimentos
Mais de quinze horas de viagem entre a Alemanha e a fronteira da Polônia com a Ucrânia com um objetivo: ajudar os refugiados que fogem da guerra entre Rússia e Ucrânia. Acompanhe a cobertura especial da CNN.
A brasileira Clara Magalhães Martins fez o trajeto para receber os brasileiros que não têm para onde ir quando chegam ao país. Ela deu início a um grupo de ajuda de brasileiros residentes na Europa.
No grupo, eles atualizam a situação da fronteira, doações, notícias, horários de trens, combinam caronas para quem está chegando e até disponibilizam a própria casa como abrigo em caso de necessidade.
Em um dos áudios do grupo, uma brasileira que estava na fronteira da Polônia com a Ucrânia relata o cenário.
“A média de tempo para sair da Ucrânia está em dois dias. Tem fila de mais de 30 quilômetros, tem um trecho de 20 quilômetros que é feito a pé. Eles dividem em duas filas, uma pra homens e outra para mulheres e crianças. Mas depois que você passa, está em casa”, relata.
A ação, que surgiu inicialmente como forma de ajudar os brasileiros com transporte e abrigo, ultrapassou nacionalidades.
“Vieram dois brasileiros da Polônia que retiraram cinco pessoas, outras duas famílias de Odessa que conseguiram pegar o ônibus pra Moldávia e conseguiram lugar pra ficar. O foco é mais brasileiro, mas vem gente de todo lugar”, conta Clara.
Segundo ela, o auxílio se estende de donativos a ações mais simples como carregar a bateria do celular ou compartilhar o acesso à internet.
“Estou ajudando o pessoal da Polônia que está com os donativos. Teve hoje os paquistaneses que pediram pra carregar o celular no carro, usar o wifi um pouco. Teve também um francês”, lembra Clara.
O grupo criou uma vaquinha online para ajudar nos custos do transporte de pessoas para fora da Ucrânia e para auxiliar aqueles que abrigam os refugiados. Eles também pedem alimentos, roupas e medicamentos. Além disso, o grupo divulga listas de pessoas que disponibilizaram suas casas para receberem os refugiados.
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