Brasileiro registra prateleiras vazias em mercado de Miami após furacão
Água é o item menos encontrado nos estabelecimentos, segundo o empresário Matheus Heinrich


Ir ao mercado nesta quinta-feira (29) gerou estranheza no brasileiro Matheus Heinrich, que está em viagem em Miami e acompanhou de perto a passagem do Furacão Ian, na Flórida, nos Estados Unidos. O fato se dá pelas prateleiras vazias e itens com poucas unidades, como é o caso da água.
“Quase não tem água, é complicado, a galera pega bastante coisa”, relatou à CNN ao comentar que, com medo de desabastecimento, muitos cidadãos estocaram alimentos.
Heinrich viajou com a mãe para Miami. A passagem do furacão pegou os dois de surpresa, já que não havia previsão do fenômeno chegar até onde eles estão. Diante da situação, a volta ao Brasil, prevista para esta sexta-feira (29), foi adiada.
Enquanto aguarda para voltar para casa, mãe e filho precisaram encontrar outro hotel para ficar até o dia 1º de outubro, data mais próxima que conseguiram para reagendar o voo.
Para outra brasileira na Flórida, Giselle Cyríaco, de 34 anos, estar no meio de um furacão provocou desespero e ansiedade. A ida ao mercado com a finalidade de fazer estoque, relatada por Heinrich, também marcou a família dela.
Moradora de Winter Garden, há quatro anos, Giselle relatou à CNN que ela, o marido e as filhas, de 3 e 10 anos, compraram muita água e comida. Segundo ela, o mercado onde foi estava lotado e com restrição no número de unidades de produtos que cada cliente poderia comprar.
O carro da família também foi abastecido, outra medida tomada para tentar garantir a segurança de todos e o transporte, caso fosse necessário.
“Foi uma tempestade muito forte, com muita ventania. Árvores caíram por aqui”, conta Giselle, que pontua que, no local, o impacto até que foi baixo, mas suficiente deixar familiares e amigos preocupados no Brasil.
Para tranquilizá-los, Giselle fez uma série de posts sobre a passagem do furacão em uma conta no Instagram que usa para fazer publicações de viagens.
Um dia após a chegada do fenômeno Ian, a família aposta na união para enfrentar o momento. “Estamos muito unidos, dormindo na sala com medo de dormir no quarto”, relata Giselle.
Ainda conforme a brasileira, parques, mercados e aeroportos seguem fechados na região onde ela vive.
Furacão
O Furacão Ian causou estrago por onde passou. Até esta quinta-feira, 15 pessoas morreram em decorrência do fenômeno. O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que Ian pode ser o furacão “mais mortal da história da Flórida.”
A expectativa é de que a vida volte à normalidade em breve, sendo que o governador da Flórida, Ron DeSantis (Republicanos), espera que as escolas possam ser reabertas já nesta sexta (30) ou então na segunda-feira (3). Os voos internacionais devem ser retomados nesta sexta.
(*Sob orientação de Bárbara Brambila)