Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Brasileiro diz à CNN que familiares morreram em ataque na Faixa de Gaza

    Hasan Rabee disse que a região sul não é segura e que filmou um bombardeio ao lado de sua casa

    Hasan Rabee, brasileiro na Faixa de Gaza
    Hasan Rabee, brasileiro na Faixa de Gaza CNN

    Bárbara BrambilaManoela Carluccida CNN

    em Sâo Paulo

    O brasileiro Hasan Rabee disse, em entrevista à CNN nesta sexta-feira (20), que familiares morreram em um ataque no sul da Faixa de Gaza na noite de quinta-feira (19).

    “Eu acabei de receber a notícia que meu primo, a esposa dele, os filhos e os netos dele foram assassinados ontem à noite pelos ataques israelenses”, contou.

    “Muita gente saiu do norte para o sul achando que era seguro, mas hoje na minha casa eu gravei um bombardeio em Khan Yunos”, acrescentou.

    Rabee relatou que suas filhas estão bem assustadas e que toda vez que elas estão brincando dentro do apartamento um som de bomba as atrapalha.

    “Elas nunca passaram por isso, nunca viram bombas. Elas falam ‘papai, vamos sair, vamos sair’. Estamos há 13 dias em um presídio porque não podemos sair de casa por causa das bombas”, disse.

    Rabee também comentou sobre situação crítica que região sem encontra: sem comida, sem água potável e com hospitais entrando em colapso. Ele disse que só tem o que comer porque o embaixador brasileiro na Cisjordânia providencia “todos os recursos que a gente precisa”.

    “Se é para cidadão palestino, infelizmente está muito ruim, há bastante gente procurando na rua, procurando comida no lixo, eu acho isso uma coisa absurda. A água da torneira, bem salgada não chega e se chegar vem sem pressão”, disse.

    Rabee é um dos brasileiros que aguarda a liberação da fronteira com Egito para ser repatriado.

    “Estamos loucos para voltar para o Brasil. Cheguei aqui só para visitar a minha mãe! Eu quero voltar ontem para o Brasil, mas não conseguimos, a fronteira da Faixa de Gaza com o Egito…. Estamos loucos para sair daqui. Ninguém quer ficar aqui, ninguém mais”, afirmou.