Brasil é o terceiro país com maior número de eleitores argentinos
País só fica atrás dos Estados Unidos e da Espanha; além do presidente e vice, população escolherá senadores e deputados
Mais de 35 milhões de argentinos estão aptos a votar nas eleições nacionais da Argentina neste domingo (22). Desse total, pouco mais de 20,5 mil moram no Brasil.
Ao todo, 368.034 eleitores aptos a votar residem no exterior. Os dados são da Câmara Nacional Eleitoral.
Os dez países estrangeiros onde há mais argentinos com direito a voto são: Estados Unidos (90.382), Espanha (85.388), Brasil (20.530), Uruguai (18.149), Paraguai (17.783), Itália (17.356), Chile (16.482), Israel (12.947), México (9.494) e Alemanha (8.960) – veja no gráfico abaixo.
Em Israel, os eleitores não poderão votar, apesar de representarem o oitavo maior eleitorado argentino fora do país. Isso porque as forças israelenses estão em guerra contra o Hamas desde os ataques terroristas do dia 7 de outubro realizados pelo grupo radical islâmico.
Neste pleito, os argentinos vão escolher seu presidente, vice-presidente, 24 senadores e 130 deputados, além de 43 parlamentares do Mercosul. Só poderão votar as pessoas que tenham cadastrado seu endereço no exterior no documento de identidade argentino antes de 25 de abril.
Caso tenham feito esse procedimento, poderão votar pessoalmente no dia 22 de outubro, entre 8h e 18h (horário local), na sede diplomática correspondente. No caso de um segundo turno presidencial, eles também poderão depositar seu voto em 19 de novembro.
No Brasil, os locais de voto estão em Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Foz do Iguaçu (PR), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Paulo (SP) e Uruguaiana (RS).
Diferenças em relação ao Brasil
Diferentemente da regulamentação que se aplica aos cidadãos argentinos residentes no território nacional –que são obrigados a votar– os argentinos residentes no exterior podem optar por exercer ou não o seu direito de voto.
No caso das eleições legislativas nacionais, que incluem deputados e senadores, os argentinos residentes no exterior votam nos candidatos correspondentes ao distrito eleitoral de última residência na Argentina.
Todas essas diretrizes se diferem daquelas que o Brasil aplica aos seus cidadãos residentes no estrangeiro. Os brasileiros que moram no exterior –assim como os que residem no país– são obrigados a votar. Mas o voto é restrito à disputa para a Presidência da República.