Brasil é fundamental para aliviar tensão no processo político venezuelano, diz González à CNN
Candidato a presidente da Venezuela Edmundo González Urrutia elogia decisão brasileira de enviar observador do TSE para eleição no país
O ex-diplomata e candidato à presidência da Venezuela, Edmundo González Urrutia, expressou satisfação com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil de enviar observadores para as eleições venezuelanas que ocorrerão no próximo domingo (28). Em entrevista exclusiva à CNN Brasil, González destacou a importância da presença brasileira no processo eleitoral.
“Isso nos satisfaz, porque nos dá garantia de que há mais observação internacional, séria e qualificada, que possa pôr um olho na Venezuela e que possa neutralizar qualquer tentativa de desconhecer os resultados”, afirmou o candidato.
Quando questionado se dois observadores seriam suficientes, González reconheceu que o ideal seria ter um número maior, mas ressaltou a qualidade da representação brasileira: “Nunca é suficiente. O ideal seria ter muitos mais, mas são dois observadores de qualidade, somados aos milhões de venezuelanos que vão estar muito atentos aos resultados”.
Brasil: um ator chave na região
González enfatizou o papel crucial do Brasil no cenário regional, descrevendo-o como um “país de muito respeito” e “de muito peso no concerto regional”. O candidato acrescentou que qualquer decisão ou declaração do Brasil será seguida com muita atenção.
Sobre a influência brasileira na política venezuelana, González foi enfático: “O Brasil é um ator internacional chave na região e é um ator internacional fundamental para aliviar qualquer tensão que possa ocorrer no processo político venezuelano”.
A entrevista exclusiva com González ocorre em um momento crítico para a Venezuela, às vésperas de uma eleição presidencial que tem atraído a atenção internacional. A CNN Brasil informou que também buscou contato com o atual presidente e candidato à reeleição, Nicolás Maduro, para uma entrevista, mas não obteve resposta até o momento da publicação desta matéria.
(Publicado por Raphael Bueno, da CNN Brasil)
